Comastri retoma a recitação do Terço em São Pedro

Alessandro De Carolis – Vatican News

Ele tinha prometido claramente: "se fossem criadas condições eu estaria pronto para continuar enquanto viver". Cinco meses e meio depois, essas condições voltaram de alguma forma, com o planeta sendo atingido pela segunda onda de pandemia. E para o cardeal Angelo Comastri amadureceu a hora de pegar o Terço nas mãos e marcar um encontro ao meio-dia com as muitas pessoas que nos últimos meses tinham adquirido o hábito de rezar com ele a Nossa Senhora, seguindo-o ao vivo streaming no Vatican News e Rádio Vaticano.

Histórias de corações mudados

Pelo menos um milhão e meio de pessoas foram alcançadas durante a primeira experiência do Terço diário, que começou em 11 de março e continuou até 30 de maio. Um rio de cartas, milhares, chegou mesmo muito depois do fim desse ciclo, testemunhando o bem pessoal e íntimo obtido da meditação dos mistérios graças à orientação do vigário do Papa para a Cidade do Vaticano. Histórias de almas tocadas profundamente, como a de um ateu que acabou em lágrimas e de joelhos pela primeira vez na sua vida, ou a de uma mulher idosa, hospitalizada num lar de idosos, a quem o Terço diário tinha devolvido o entusiasmo da palavra, há muito tempo tocado pela depressão de dias sempre iguais.

A coisa mais bonita a fazer

Com o Terço recitado na Basílica petrina também se renova a especial ligação que vem do sentir-se próximo e em comunhão com o Papa, que há semanas vem refletindo sobre a importância da oração na audiência geral. "A oração é a coisa mais bonita que podemos fazer nesta vida", dissera o cardeal Comastri, comentando a experiência vivida naqueles mais de 60 encontros, de março a maio. Concluindo: "este envolvimento confirmou ainda mais que os problemas só são resolvidos quando nos abrimos ao Todo-Poderoso. Sem Deus a vida é absurda".