Mons. Pavan: a música é oração e nos consola neste tempo de pandemia
Bianca Fraccalvieri e Tommaso Chieco – Cidade do Vaticano
Surpresa, maravilha e preocupação: assim, o Diretor da Capela Musical Pontifícia “Sistina”, Mons. Marcos Pavan, recebeu a notícia de sua nomeação por parte do Papa Francisco no domingo, 22 de novembro. Ele estava interinamente à frente do coral há um ano e meio.
O maestro brasileiro assumiu o cargo fazendo sua estréia oficial neste final de semana, no Consistório Ordinário Público e na missa concelebrada pelo Pontífice com os novos cardeais.
Cantar a liturgia, não na liturgia
A reportagem do Vatican News assistiu a um ensaio do coral na sede da Capela, que fica no centro histórico de Roma, perto da Piazza Navona.
O coral é composto por 20 adultos e 32 crianças, mas devido à pandemia, os ensaios são feitos com oito adultos e quatro ou cinco meninos. Também na cerimônias na Basílica de São Pedro os cantores são divididos em grupos para respeitar a distância de pelo menos dois metros.
Ao final do ensaio, Mons. Pavan concedeu uma entrevista em que fala das origens do coral e de alguns aspectos técnicos da escolha do repertório. Ele explica, por exemplo, que a preparação é feita com o mestre das celebrações litúrgicas, Mons. Guido Marini, e de acordo com o caráter da festa.
“O que é preciso fazer é encontrar uma música composta nos séculos passados ou de composição recente, que respeite o texto e o caráter da celebração: se é mais ou menos solene, se é em latim, italiano ou em espanhol – como será a de Guadalupe – são adaptações que temos que fazer.”
A consolação do Pai-Nosso
Neste momento de pandemia, acrescenta o maestro, a música pode ser uma consolação:
Ouça aqui a entrevista:
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