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Dom Oscar Rizzato, esmoleiro de dois Papas, faleceu aos 91 anos

O bispo com origens no Vêneto, na Itália, morreu em Pádua. Nomeado por São João Paulo II em 1989, havia acompanhado Bento XVI nos dois primeiros anos de pontificado.

Vatican News

Ele tinha continuado a servir, enquanto a sua condição física o permitia, entre os assistentes espirituais do Vicariato da Cidade do Vaticano. O arcebispo Oscar Rizzato, esmoleiro de dois Papas, faleceu num hospital de Pádua, na Itália, na última segunda-feira (11), algumas semanas antes de completar 92 anos de idade. E foram precisamente a diocese do Vêneto e a Santa Sé, em particular a Secretaria de Estado e a Esmolaria Apostólica, os dois pólos condutores do seu ministério sacerdotal e episcopal.

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No território diocesano de Pádua, precisamente em San Giorgio delle Pertiche, ele nasceu em 8 de fevereiro de 1929. Concluiu os estudos clássicos de formação ao sacerdócio no seminário local e foi ordenado sacerdote em 4 de julho de 1954 pelo bispo Girolamo Bartolomeo Bortignon. Dom Oscar havia sido vice-reitor e professor no Seminário Menor. De 1957 a 1961, frequentou a Faculdade de Letras e Filosofia da Universidade de Pádua e se graduou em Arqueologia Cristã. Ao mesmo tempo, prestou serviço religioso e ensinou religião no Instituto Configliachi, na cidade de Santo Antônio.

Em 1º de dezembro de 1961, durante o pontificado de João XXIII, foi chamado a Roma, iniciando o trabalho na Secretaria de Estado como funcionário na seção de arquivos e como assistente na Secretaria de Letras Latinas. Em 1973, com Paulo VI, foi promovido e, em 1976, também assumiu o cargo na assistência espiritual dos funcionários do Parque do Estacionamento do Estado da Cidade do Vaticano. Em 1983, com João Paulo II, tornou-se chefe de gabinete da Secretaria de Estado, e foi então destinado ao alto cargo de assessor para assuntos gerais, junto a dom Crescenzio Sepe, em 9 de outubro de 1987.

Dois anos depois, em 23 de dezembro de 1989, o Papa Wojtyla escolheu Rizzato como seu esmoleiro - sucessor de Antonio Maria Travia - elevando-o à dignidade arquiepiscopal e atribuindo-lhe a sede titular de Viruno. O próprio Pontífice polonês lhe conferiu a ordenação episcopal no dia 6 de janeiro de 1990, na Basílica Vaticana.

Durante 17 anos, liderou o escritório da Santa Sé que tem a tarefa de exercer a caridade para com os pobres em nome do Sumo Pontífice.  A fim de incentivar a coleta de fundos em favor dos necessitados, foi Leão XIII quem delegou ao esmoleiro a faculdade de conceder a Bênção Apostólica por meio de diplomas em papel pergaminho. E como o esmoleiro de Sua Santidade faz parte da Família Pontifícia e, como tal, participa das celebrações litúrgicas e das audiências oficiais do Santo Padre, o rosto do arcebispo Rizzato tornou-se conhecido especialmente ao lado de João Paulo II quando administrava os batismos aos recém-nascidos no ambiente evocativo da Capela Sistina.

Em 28 de julho de 2007, Bento XVI aceitou a sua renúncia ao cargo de esmoleiro por causa do limite de idade, chamando o núncio apostólico espanhol Félix del Blanco Prieto para a sucessão. Dom Rizzato, no entanto, continuou a residir no Vaticano e a colaborar como assistente espiritual do Vicariato e com a paróquia agostiniana de Sant'Anna, presidindo as celebrações litúrgicas e administrando os sacramentos, em particular, as crismas. E, em 2015, havia solicitado e obtido a filiação na Ordem de Santo Agostinho.

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14 janeiro 2021, 09:28