Museus Vaticanos: rumo à reabertura em fevereiro
Paolo Ondarza/Mariangela Jaguraba – Vatican News
“A intenção é reabrir os Museus Vaticanos em 1º de fevereiro. Não sabemos ao certo. Se as condições permitirem, gostaríamos de reabrir as portas.” Foi o que disse ao Vatican News a diretora dos Museus Vaticanos, Barbara Jatta, que participa hoje da conferência on-line na plataforma Vimeo “More Museum: o futuro dos museus entre crise e renascimento, mudanças e novos cenários”, aberta pelo ministro italiano da Cultura e Turismo, Dario Franceschini.
A partir de fevereiro
“Dissemos que manteríamos os museus fechados até 16 de janeiro. Hoje anunciamos nossa intenção de prorrogar o fechamento por mais 15 dias e reabri-los a partir de 1º de fevereiro.” É uma decisão tomada pelos superiores do Governatorato da Santa Sé. Os sete quilômetros de percurso dos Museus Vaticanos para os pequenos números que se registraram nos meses de verão em que estivemos abertos, e especialmente em relação à previsão dos números que se espera ter nos próximos meses, não constituem um problema de saúde ou um veículo para infecção. Portanto, a mensagem de poder reabrir nossas coleções ao público seria muito boa”.
Aumento de visitantes nas redes sociais
No centro da conferência on-line “More Museum”, organizada pelo Departamento de Cultura de Florença, nesta quinta-feira (14/01), há também uma reflexão sobre a redefinição das estruturas museológicas, que às funções tradicionais de conservação acrescentam novas formas de difusão do conhecimento através do uso de plataformas e tecnologias inovadoras. “Tivemos um enorme aumento nos acessos não apenas no site, mas em nossos canais sociais como Youtube e Instagram”, explica Barbara Jatta. “Foi exponencial no período do fechamento estreito. Certamente o canal Instagram contribuiu muito com a publicação de um post diário que fizemos em colaboração com o Dicastério para a Comunicação da Santa Sé - Vatican News, mas também com a divulgação do 'Face to Face', ou seja, pequenos vídeos postados com a ideia de deixar claro que o Museu continuava funcionando apesar do fechamento. Curadores, assistentes nos vários departamentos e restauradores contaram o que estavam fazendo. O uso das redes sociais é um meio que, de acordo com a análise que realizamos, funciona muito bem durante o fechamento rígido, um pouco menos quando estamos abertos. Esperamos abrir e que as duas coisas possam viajar paralelamente. Também graças a um bilhete favorável economicamente, nos últimos tempos tivemos um aumento da faixa juvenil 18-30 anos dentro do nosso público”.
Uma atividade que não parou
A atividade dos Museus Vaticanos nunca parou, lembra a diretora: “No dia 9 de março fechamos com um lockdown total. Ninguém, com exceção de poucos, foi trabalhar. Desde 6 de novembro, quando fechamos novamente depois da reabertura de 1º de junho, toda equipe de restauradores e todo o grupo que ajuda a levar adiante os Museus voltaram a trabalhar: contingenciados, com tempos não sobrepostos no que diz respeito à segurança da saúde. A parte editorial nunca parou, toda a atividade de pesquisa das repartições, a atividade de restauração, os canteiros de obras e os laboratórios estão de pé. A preservação e a implementação de pesquisas sobre as obras de nossa coleção continuaram também porque somos mais livres. Comparando-nos com os diretores de museus internacionais, descobrimos que existe uma afinidade nos protocolos adotados num momento tão complexo. Estamos aproveitando este momento em que as exposições e eventos são suspensos, para nos concentrarmos nas coleções, na manutenção dos espaços de exposição e armazenamento, no catálogo, na pesquisa e nas publicações”.
Na Itália, rumo à reabertura na zona amarela
“Neste tempo”, observa ainda Barbara Jatta, “a única coisa que falta é aquela parte fundamental da nossa instituição que é a partilha com o público”. A intenção do Governo italiano, confirmada esta manhã pelo Ministro Franceschini, de abrir os museus nas regiões da zona amarela é observada com grande expectativa por todo o setor: “Esperamos a decisão do Governo italiano, não tanto nós no Vaticano, mas por uma solidariedade e partilha dos problemas que não são apenas italianos ou vaticanos”.
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