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Observador permanente da Santa Sé junto à OSCE, mons. Janusz Urbańczyk Observador permanente da Santa Sé junto à OSCE, mons. Janusz Urbańczyk

Santa Sé: firme condenação a toda forma de antissemitismo

O observador permanente da Santa Sé junto à OSCE, mons. Janusz Urbańczyk, em pronunciamento na reunião de n. 1.300 do Conselho permanente da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa, deteve-se sobre a importância do Dia Internacional em memória das vítimas do Holocausto. O representante vaticano reiterou, na esteira do Papa Francisco, que "para um cristão, toda forma de antissemitismo é uma rejeição de suas próprias origens cristãs e, portanto, uma completa contradição"

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"A Santa Sé continua condenando firmemente todas as antigas e novas formas de antissemitismo": foi o que afirmou claramente o observador permanente da Santa Sé junto à OSCE (Organização para a Segurança e Cooperação na Europa), mons. Janusz Urbańczyk em seu discurso ao Conselho permanente do órgão, reiterando, na esteira do Papa Francisco, que "para um cristão, toda forma de antissemitismo é uma rejeição de suas próprias origens cristãs e, portanto, uma completa contradição".

Detendo-se, em seguida, sobre o significado do Dia da Memória do Holocausto, celebrado há 76 anos da libertação do campo de Auschwitz-Birkenau, ocorrida em 27 de janeiro de 1945, o observador permanente recordou "a horrível e aterradora perseguição e extermínio dos judeus pelo regime nazista", bem como "os milhares de outras vítimas da fúria assassina e desumana dos nazistas: população cigana rom e sinti, membros de minorias nacionais e crentes de várias religiões e confissões".

Ao mesmo tempo, o prelado exortou a comemorar "aqueles que protegeram os perseguidos com o risco de suas próprias vidas, lutando contra a horrenda crueldade que os cercava".

O diálogo inter-religioso para combater o antissemitismo

Atrocidades semelhantes", acrescenta dom Urbańczyk, exigem uma reflexão profunda porque, especialmente no mundo agitado de hoje, "o silêncio ajuda a manter viva a memória", evitando assim "ficar indiferente". Mas junto com "uma memória viva" do passado, apontou o prelado, outra "ferramenta indispensável" para combater o antissemitismo é o "diálogo inter-religioso", porque "tem o propósito de promover o compromisso com a paz, o respeito mútuo, a proteção da vida, a liberdade religiosa e o cuidado com a Criação".

Em seguida, citando uma passagem da Encíclica "Fratelli tutti" do Papa Francisco, o observador permanente enfatizou que "as diferentes religiões, a partir do reconhecimento do valor de cada pessoa humana como uma criatura chamada a ser filho ou filha de Deus, oferecem uma valiosa contribuição para a construção da fraternidade e a defesa da justiça na sociedade" (271).

São necessários esforços holísticos concertados

Ao mesmo tempo, o prelado deplorou o fato de que "nos últimos anos se tenha assistido a propagação de um clima de maldade e antagonismo, no qual o ódio antissemita se manifestou através de uma série de ataques em vários países".

Um clima que, observou o representante vaticano, "não poupa nem mesmo a região da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa". Daí, a esperança conclusiva de que o Dia da Memória possa ser "não apenas uma simples celebração da memória, mas também uma advertência de que o antissemitismo, se não for combatido através de esforços holísticos concertados, continuará infelizmente a se espalhar em nossa região e além dela".

Vatican News – IP/RL

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02 fevereiro 2021, 11:11