Cardeal Parolin: o juramento é um momento de discipulado
Vatican News
Na manhã desta quinta-feira, 6 de maio foi realizada uma Santa Missa por ocasião do juramento dos novos recrutas da Guarda Suíça Pontifícia. A missa celebrada na Basílica de São Pedro foi presidida pelo cardeal secretário de Estado Pietro Parolin. Na sua homilia expressou sua satisfação em abrir este importante dia com todos eles, elevando a gratidão comum ao Senhor na Eucaristia. De fato - disse ele - "Eucaristia significa precisamente ação de graças". Acrescentando em seguida:
O Cardeal lembrou que embora o dia 6 de maio recorde o sacrifício dos 147 Guardas Suíços que, naquele longínquo dia de 1527, puderam proteger o Santo Padre durante o saque de Roma, a cada ano novos rostos se apresentam, novos recrutas que renovam o mesmo compromisso de vida através de seu juramento.
Que o início de seu serviço os conduza à origem do discipulado
“Assim, para estes queridos guardas, torna-se a ocasião para fortalecer sua vontade de se doarem com todas as suas forças, sacrificando até mesmo suas vidas quando necessário, como diz o juramento, a serviço do Papa, por amor ao Senhor”. Isto requer "fé e força de espírito, para que a indispensável disciplina externa possa ser unida a uma disciplina interna igualmente essencial".
Referindo-se às leituras propostas pela Liturgia do dia, o Cardeal Parolin ofereceu duas sugestões "emprestando dois adjetivos bem conhecidos da física - continuou - poderíamos falar, em um sentido espiritual, primeiro de uma força centrípeta e depois de uma força centrífuga".
Permanecer em Jesus
Da primeira ele enfatizou que "tende a agir do exterior para o interior", como o Evangelho de João indica quando se refere a este movimento espiritual, relatando algumas palavras pronunciadas por Jesus após a Última Ceia quando, antes da Paixão, no contexto mais íntimo e sofrido, ele demonstra sua última vontade aos discípulos. Um pedido claro, o de permanecer no seu amor. Permanecer n’Ele, que "é o centro de atração da vida cristã".
O critério da missão
O Secretário de Estado continuou explicando em sua homilia que "este movimento centrípeto da alma é seguido por um segundo movimento centrífugo, que procede ao contrário do interior para o exterior". Então falou do "critério da missão", cujas exigências "foram decisivas para a Igreja primitiva", que é missionária por natureza.
Parolin continuou sua homilia recordando que o Santo Padre continuamente chama a empreender "uma transformação missionária", para a qual toda estrutura e tradição humana é útil na medida em que favorece o anúncio vital do Senhor crucificado e ressuscitado. "Ao servirmos o Sucessor de Pedro em estreito contato, vamos pedir a graça de aceitar o exigente chamado à missão. Não se trata de partir para países ainda mais distantes, mas de dar testemunho de Jesus onde estamos, de espalhar, com mansidão, simplicidade e sobretudo pelo exemplo, sua presença para os que encontramos e nos lugares onde vivemos".
No final de suas reflexões, o Cardeal Parolin sugeriu que eles "vivam o juramento de hoje neste espírito, para que o início de seu serviço os conduza à origem do discipulado". E acrescentou que, de fato:
Por isso ele desejou que o caminho que iniciam com seu juramento os faça sentir como discípulos missionários mais unidos a Jesus, como ele, o primeiro entre os Apóstolos.
Obrigado por ter lido este artigo. Se quiser se manter atualizado, assine a nossa newsletter clicando aqui e se inscreva no nosso canal do WhatsApp acessando aqui