Robert Schuman, pai da unidade europeia, torna-se Venerável
Vatican News
A Igreja reconhece as virtudes heróicas de Robert Schuman, um dos pais fundadores da unidade europeia. O estadista francês torna-se assim Venerável. O Papa Francisco, ao receber esta manhã o Cardeal Marcello Semeraro, Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, autorizou o dicastério a promulgar o respectivo Decreto. Junto com Schuman, 4 outros Veneráveis e 11 próximos Beatos, incluindo 10 mártires religiosas, mortas em ódio à fé na Polônia em 1945 durante a invasão das tropas soviéticas.
Schuman, na política como missão e serviço
Robert Schuman (1886-1963) era um católico francês comprometido com a política, entendida como missão e serviço, um ato de obediência à vontade de Deus, vivido em oração e alimentado pela Eucaristia diária. Foi preso e encarcerado pela Gestapo de 14 de setembro de 1940 a 12 de abril de 1941. Conseguiu escapar e viveu como clandestino até o final da guerra, refugiando-se principalmente em conventos e mosteiros.
Depois da guerra, foi eleito para a Assembleia Constituinte em 1945 e 1946; em seguida, como deputado, assumiu papéis importantes no governo francês: Ministro da Fazenda, Presidente do Conselho, Ministro das Relações Exteriores, Ministro da Justiça, tornando-se um ponto de referência moral para o país e comprometendo-se com a criação de um sistema comum de crescimento econômico e social. Junto com Konrad Adenauer e Alcide De Gasperi, ele é considerado o pai fundador de uma Europa unida. Seu trabalho levou ao Tratado de Roma de 25 de março de 1957, que estabeleceu a Comunidade Econômica Europeia. Em 1958 ele foi eleito por aclamação o primeiro Presidente do novo Parlamento Europeu. No ano seguinte, ele foi atingido por uma grave forma de esclerose cerebral. Incapaz de continuar seu trabalho, ele foi nomeado presidente honorário da Assembleia Parlamentar Europeia. Faleceu em Scy-Chazelles (França) no dia 4 de setembro de 1963, aos 77 anos de idade.
Dez Irmãs martirizadas durante a ocupação soviética na Polônia
Serão beatificadas com o reconhecimento do martírio, dez religiosas da Congregação das Irmãs de Santa Isabel, mortas na Polônia durante a ocupação soviética no final da Segunda Guerra Mundial. Nove são poloneses e uma alemã. Todos elas foram brutalmente assassinadas por soldados do Exército Vermelho em diferentes lugares, entre fevereiro e maio de 1945, enquanto realizavam seu serviço de atendimento aos doentes e idosos. Uma delas, irmã Maria Rosaria Schilling, foi estuprada por cerca de 30 soldados e morta no dia seguinte. A fúria dos militares soviéticos contra as freiras manifestava seu ódio à fé e, em particular, aos católicos. Doutrinados com uma cultura ateísta e marxista, usavam o estupro como arma de humilhação para com os que usavam o hábito religioso. Nenhuma das religiosas queria deixar sua missão ao lado do povo, consciente dos riscos que corriam. Os fiéis as consideravam imediatamente mártires. Seus túmulos ainda são o destino de numerosas peregrinações. As religiosas são: Paschalina Jahn, Maria Edelburgis Kubitzki, Maria Rosaria Schilling, Maria Adela Schramm, Maria Sabina Thienel, Maria Sapientia Heymann, Maria Adelheidis Töpfer, Maria Melusja Rybka, Maria Acutina Goldberg. Maria Felicitas Ellmerer nasceu na Alemanha.
Padre Jeningen, alma do Santuário Mariano de Schönenberg
Entre os próximos beatos está também o padre jesuíta alemão Johann Philipp Jeningen, que viveu no século XVII (1642-1704), e que conseguiu transformar uma pequena capela dedicada à Mãe de Deus, situada na colina de Schönenberg, no Ducado de Württemberg, em um popular Santuário Mariano, o destino de numerosas peregrinações.
Entre os novos Veneráveis, um padre e três religiosas
Os outros veneráveis são: o padre italiano Severino Fabriani, fundador da Congregação das Filhas da Providência para Surdos-Mudos (1792-1857); a religiosa russa Angela Rosa Godecka, fundadora da Congregação das Irmãzinhas do Imaculado Coração de Maria (1861-1937), com o carisma de assistência aos operários de fábrica; a freira italiana Orsola Donati, da Congregação das Irmãs Mínimas de Nossa Senhora das Dores (1849-1935); a freira espanhola Maria Stella di Gesù, da Congregação das Religiosas de Maria Imaculada (1899-1982).
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