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Papa Paulo VI na inauguração da Sala com o seu nome em 30 de junho de 1971 Papa Paulo VI na inauguração da Sala com o seu nome em 30 de junho de 1971 

Cardeal Semeraro recorda Paulo VI, modelo de amor e fidelidade à Igreja

Na festa da Transfiguração, o Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, cardeal Marcello Semeraro recorda São Paulo VI 43 anos após sua morte com uma missa nas Grutas do Vaticano

Vatican News

"Gostaria, ao terminar, de estar na luz" assim escreveu Paulo VI, em seu Pensamento da Morte. Hoje ele "está na luz", disse o Cardeal Marcello Semeraro, Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, durante a homilia da Missa celebrada na manhã de 6 de agosto, na Capela Húngara das Grutas do Vaticano, por ocasião do aniversário da morte do Santo Pontífice, ocorrida na festa da Transfiguração, 43 anos atrás.

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Amor pela Igreja

Referindo-se precisamente a esse episódio evangélico, o cardeal recordou a imagem da "nuvem luminosa" que "cobria os discípulos com sua sombra" e que agora "o cobre também". Ele explicou que essa segurança é oferecida pela "voz da Igreja, que Paulo VI amava muito", como ele mesmo assegurou: "Poderia dizer que sempre a amei... Mas gostaria que a Igreja soubesse disso". E "a Igreja hoje o conhece melhor do que ontem".

O prefeito disse estar certo de que o relato evangélico da Transfiguração "deve ter ficado marcado na mente e no coração" do Papa Montini. Sabemos", disse ele, "que quando foi nomeado Arcebispo de Milão, ele queria como lema as palavras que lemos na Segunda Carta de Pedro: cum ipso in monte sancto (1, 18)", mas "ele foi dissuadido de fazê-lo, porque o texto parecia mais adequado a um contemplativo, do que a um bispo". No entanto Paulo VI, continuou Semeraro, "foi um contemplativo e estou pessoalmente convencido de que a chave para compreender a maioria de seus escritos, especialmente os seus escritos privados, é precisamente a mística". Não é coincidência, acrescentou, que ele tenha escolhido a festa da Transfiguração, 6 de agosto de 1964, como data para a publicação de sua primeira encíclica Ecclesiam Suam.

A Ecclesiam Suam

A Encíclica, observou o cardeal, é lembrada "como a encíclica do diálogo". E se "Moisés e Elias falam com Jesus, se o Pai do céu dirige sua voz aos homens - observou - significa que no Paraíso não há somente o coro de anjos que canta", mas "há também diálogo entre os santos": imersos como estão "no amoroso diálogo trinitário, também os santos no Paraíso dialogam". Portanto, "se ainda hoje, como esperava Paulo VI, a Igreja na terra quer se tornar palavra, mensagem e diálogo, deve ter nos "diálogos" da Igreja no céu sua inspiração, seu modelo, seu critério".

Francisco dá continuidade ao magistério de Paulo VI

Em conclusão, ao exortar as pessoas a "agradecer ao Senhor pelo dom dado à Igreja na pessoa de São Paulo VI", o cardeal convidou todos a "rezar por nosso Santo Padre, o Papa Francisco", salientando que muitas de suas palavras devem ser lidas "em continuidade com o magistério de Paulo VI e como seu desenvolvimento". Invocamos também a intercessão deste "querido santo", acrescentou, "para que o amor, a fidelidade e a dedicação pela Santa Igreja possam aumentar também em nós".

 

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07 agosto 2021, 14:08