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O Papa Francisco e dom Aldo Giordano durante a audiência de 17 de junho de 2021, no Vaticano O Papa Francisco e dom Aldo Giordano durante a audiência de 17 de junho de 2021, no Vaticano

O Papa: dom Giordano, testemunha do amor incondicional pela Igreja

Num telegrama, o Pontífice lembra dom Aldo Giordano, núncio apostólico na União Europeia, que morreu em 2 de dezembro devido à Covid. A mensagem do Papa foi lida pelo secretário de Estado, cardeal Pietro Parolin, que presidiu o funeral do falecido prelado em Cuneo, esta tarde.

Isabella Piro – Vatican News

Num telegrama enviado aos familiares e à comunidade diocesana de Cuneo, na Itália, o Papa Francisco recorda dom Aldo Giordano como "um servidor fiel do Evangelho", "um homem gentil e generoso da Igreja", sublinha sua "zelosa vida sacerdotal" e sua "diligente atividade pastoral na Venezuela e na União Europeia". Nascido em 20 de agosto de 1954, em Cuneo, e ordenado sacerdote em 1979, dom Giordano foi eleito secretário-geral do Conselho das Conferências Episcopais da Europa em 15 de maio de 1995. Em 2008, tornou-se observador permanente da Santa Sé no Conselho da Europa em Estrasburgo e em 2013 foi nomeado núncio apostólico na Venezuela, no mesmo ano em que também foi consagrado bispo, com a sede titular de Tamada e a dignidade de arcebispo. Por fim, em 8 de maio de 2021, o Papa Francisco o havia nomeado núncio apostólico na União Europeia. Dom Giordano faleceu de Covid em 2 de dezembro deste ano, em Lovaina, na Bélgica.

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Um trabalho sábio

"Em todas as tarefas que lhe foram confiadas", escreve o Pontífice no telegrama de condolências, "dom Giordano trabalhou sabiamente, revelando suas capacidades de mente e coração e testemunhando uma paixão sincera pelo ser humano e um amor incondicional pela Igreja". Francisco também expressa sua proximidade a todos aqueles que "conheciam e estimavam" o núncio falecido. Por fim, invocando "o sustento da esperança cristã" para toda a família do prelado, ele envia sua bênção "a todos aqueles que choram sua morte prematura".

A tristeza do cardeal Parolin

Igual tristeza também foi expressa pela Secretaria de Estado da Santa Sé, guiada pelo cardeal Pietro Parolin, que presidiu, na tarde desta quinta-feira (09/12), as exéquias do prelado, celebradas na Catedral de Cuneo. "A sua morte nos afetou e entristeceu profundamente. Esperávamos que ele pudesse sair da terapia intensiva e gradualmente recuperar sua saúde. Muitos de nós rezamos por essa intenção. Muitos, especialmente na Venezuela, o confiaram à intercessão do Beato José Gregorio Hernández Cisneros". Dom Giordano presidiu o rito de beatificação deste "médico dos pobres" no dia 30 de abril passado, em Caracas, como delegado do Papa, e o indicou como "Padroeiro dos tempos difíceis" causados pela pandemia da Covid-19.

 

Um homem com um grande coração, criou laços com todos 

Mas apesar da "dor forte" deste momento, o cardeal Parolin convida os fiéis a "permanecerem na alegria", não a "alegria efêmera e frágil que o mundo dá, mas a alegria que vem do Senhor": "Não podemos deixar de sentir alegria diante da vida de dom Aldo", enfatiza. "Uma vida realmente boa! Um homem gentil, sábio, equilibrado, acolhedor, com grande coração e grande inteligência, sereno em todas as circunstâncias, mesmo diante das situações mais complexas e atormentadas". O Secretário de Estado lembra que o falecido núncio tinha "o culto da amizade" e "sabia criar laços com todos, sem fechamentos, sem distinções".

Especialista em questões europeias

"Um grande especialista em questões europeias, dom Giordano estava convencido de que outra Europa é possível", disse ainda o cardeal Parolin. Ele trabalhava para este fim, insistindo "em sua unidade sempre numa perspectiva mundial e refletindo sobre o conteúdo e o fundamento dos valores, questões nas quais a Igreja e os cristãos podem dar uma valiosa contribuição". Que o exemplo e o testemunho do falecido prelado, "nos sustentem na reafirmação de nossa fé", conclui Parolin.

A lembrança de dom Migliore

O núncio apostólico na França, dom Celestino Migliore, também recorda o prelado falecido: "Aldo era um querido amigo, um irmão", que tinha "uma grande paixão por uma vida cristã bela, coerente, alegre e participativa", escreve numa mensagem publicada no jornal L'Osservatore Romano. "Era um filósofo por formação, um homem de montanha por paixão, um dialógico por caráter", com particular atenção ao "diálogo ecumênico e inter-religioso no contexto europeu". Um de seus projetos mais importantes foi, de fato, a Charta Oecumenica, assinada em Estrasburgo em 2001: "Aldo gostava muito desta 'agenda dos cristãos da Europa'", sublinha o núncio apostólico na França, "com 26 compromissos para avançar em direção à unidade visível, para intensificar a colaboração em todos os temas possíveis e para contribuir juntos para a construção europeia em andamento".

Diplomata da paz, do encontro e do diálogo

O compromisso de dom Giordano com a Venezuela também foi grande: "Várias vezes pensei que meu serviço mais importante a este país, fosse o da confiança e da esperança, que vem da fé no Evangelho de Jesus Cristo", porque "acredito numa diplomacia da paz, do encontro e do diálogo", dizia ele. Dotado de "grandes dons especulativos", dom Giordano entendeu que a pandemia da Covid-19 "deixará um rastro na questão da fé: quem confia a sua vida à razão científica, à tecnologia, aos mercados, ao dinheiro, ao poder, ao prazer, se encontra na nova situação de experimentar a falta de confiabilidade destes espaços de salvação", sublinha dom Migliore.

A última mensagem

Daí o convite do falecido prelado a "encontrar maneiras de testemunhar e repropor a fé em Cristo crucificado e ressuscitado, um Deus a quem podemos confiar a nossa vida para salvá-la dos riscos de cair na falta de sentido e no nada". Por fim, dom Migliore cita a última mensagem de dom Giordano: "Chegou a hora de eu também voltar para a casa do Pai. Do céu eu os acompanharei, de modo especial. Um forte abraço. Quero bem a vocês! Aldo".

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