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A homenagem das autoridades europeias ao campo de Auschwitz Birkenau no Dia da Memória A homenagem das autoridades europeias ao campo de Auschwitz Birkenau no Dia da Memória 

Antissemitismo, Urbanczyk: diálogo para combater o preconceito

O observador permanente da Santa Sé na Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) relançou no Conselho da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa a urgência de uma informação histórica verídica sobre o Holocausto, de um compromisso, agora mais do que nunca necessário, com a educação e o respeito. Devemos construir um futuro em que a dignidade humana nunca mais seja pisoteada por ideologias racistas.

Gabriella Ceraso/Mariangela Jaguraba – Vatican News

No aniversário da libertação do campo de extermínio de Auschwitz-Birkenau, o representante permanente da Santa Sé no Conselho da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), dom Janusz Urbanczyk, destacou a urgência de lembrar e refletir sobre as perseguições, "atos horrendos" que o Papa nunca deixa de condenar, apelando para a educação das novas gerações, para que no futuro a dignidade humana nunca mais seja pisoteada por ideologias racistas.

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"Ao enfrentar o antissemitismo de hoje", salientou o prelado, "o diálogo pode servir como um instrumento poderoso para combater o preconceito e favorecer o reconhecimento da dignidade humana". Através do diálogo, um encontra o outro e se reconhecem os laços estreitos entre os membros da comunidade humana, laços que às vezes "foram tristemente transcurados nos séculos passados" e que hoje nos chamam a nos "envolver diretamente e a nos comprometer pessoalmente com a construção de um ambiente de paz e respeito por todos".

Antissemitismo, uma ameaça escondida no mundo

Nessa perspectiva, a comemoração de 27 de janeiro "permite que a memória desempenhe seu papel necessário no processo de formação de um futuro em que a indescritível iniquidade da Shoah nunca mais seja possível". Lembrar é cada vez mais importante com o passar do tempo: distorções como o negacionismo e o revisionismo estão aumentando, mas devemos preservar a verdadeira memória dos fatos. São essas "distorções", adverte o representante da Santa Sé, "que permitem que a ameaça do antissemitismo se esconda na Europa e em outros lugares".

Cuidado com a desinformação nas redes sociais

A desinformação é um perigo que o prelado vê sobretudo na maneira de atuação das redes sociais e o efeito é "deletério para os indivíduos e instituições. Devemos ter cuidado com as redes sociais e seus riscos a esse respeito". Como disse o Papa Francisco, a memória do Holocausto é "um sinal de civilização" e "uma condição para um futuro melhor de paz e fraternidade". "Portanto, não deixemos de lembrar os horrores vividos pelo povo judeu antes e durante a Segunda Guerra Mundial e sejamos firmes na oposição ao antissemitismo em todas as suas formas e manifestações e a tudo o que pode levar a ele", concluiu.

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28 janeiro 2022, 10:45