A Santa Sé na ONU: cessar as hostilidades na Ucrânia, abrir corredores humanitários
VATICAN NEWS
O fim imediato das hostilidades e o retorno à diplomacia e ao diálogo. Este, em resumo, é o pedido da Santa Sé contido na declaração do Arcebispo Gabriele Giordano Caccia, Observador permanente da Santa Sé nas Nações Unidas em Nova Iorque, no seu discurso na 11ª sessão especial de emergência da Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York.
Dom Caccia recordou o apelo do Papa do domingo passado (06/03) que, além de expressar a proximidade com os que sofrem em consequência do conflito, pediu urgentemente a abertura de corredores humanitários para as pessoas que fogem do conflito. A Santa Sé, sublinhou o prelado, considera essencial “garantir o acesso pleno, seguro e sem obstáculos dos agentes humanitários para que possam oferecer prontamente assistência às populações civis necessitadas na Ucrânia". A proteção da população civil, assim como do pessoal humanitário, de acordo com o direito humanitário internacional, deve ser uma prioridade".
Daí a decisão da Santa Sé de se juntar "aos muitos Estados-Membros que pediram o fim imediato das hostilidades e o retorno à diplomacia e ao diálogo. Conforme avançamos - continuou Caccia - a Igreja Católica e suas instituições de caridade, à distância e em presença, já estão ajudando milhares de pessoas e continuarão a fazê-lo". Não faltaram palavras de apreço por todos aqueles países que "estão oferecendo assistência humanitária às pessoas necessitadas tanto na Ucrânia como nos países vizinhos onde muitos ucranianos buscaram segurança".
Para a Santa Sé, é uma responsabilidade comum "acolher, proteger e ajudar as centenas de milhares de refugiados". "Os esforços para atender às necessidades daqueles que fogem em busca de segurança devem respeitar o princípio de ‘não repulsão’ e nossas obrigações comuns sob o direito internacional, incluindo o direito internacional dos refugiados, e ser oferecidos em uma base não discriminatória".
Por fim, o Arcebispo Caccia recordou que a Santa Sé está convencida de que há sempre "tempo para a boa vontade, ainda há espaço para a negociação, há sempre um lugar para exercer uma sabedoria que pode evitar a prevalência de interesses partidários, salvaguardar as legítimas aspirações de todos e poupar o mundo da loucura e dos horrores da guerra".
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