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Apresentação da Assembleia Geral da Uisg na Sala de Imprensa da Santa Sé Apresentação da Assembleia Geral da Uisg na Sala de Imprensa da Santa Sé

Assembleia da UISG: vulneráveis e a caminho, juntos rumo ao Sínodo

Vulnerabilidade e sinodalidade. Estas são as duas pedras angulares em torno das quais se desenvolverão os trabalhos da 22ª Assembleia Plenária da União Internacional das Superioras Gerais, UISG, convocada em Roma de 2 a 6 de maio sobre o tema "Abraçar a vulnerabilidade no caminho sinodal". Esta manhã, a apresentação na Sala de Imprensa da Santa Sé.

Paolo Ondarza – Vatican News

A escolha do foco da 22ª Plenária da UISG foi sugerida pela experiência de vulnerabilidade vivida nos últimos dois anos marcados pela Covid e nos últimos meses pela guerra, no âmbito da preparação do Sínodo sobre a sinodalidade.

Autoridade e serviço

A pandemia “tornou ainda mais evidente a fragilidade”, disse a presidente da UISG, irmã Jolanta Kafka, em seu discurso. A vida religiosa hoje é vulnerável: "Estamos passamos por um momento de crise", um processo de transformação e é preciso "reler o exercício da liderança, a missão da autoridade como serviço, no espírito evangélico e sinodal". "A fragilidade", observou  a religiosa, é "uma realidade para a qual Deus nos chama" e numa perspectiva sinodal "quando abraçamos a fragilidade somos fortalecidos para nos apoiarmos mutuamente". Comum a todas as famílias religiosas é a necessidade de “responder ao clamor de Deus nos necessitados e nos frágeis”, mas muitas vezes, admitiu irmã Kafka, “nos colocamos ao lado dos necessitados numa posição de poder”. Ser vulnerável, por outro lado, nos coloca em relação, oferece a consciência de não sermos suficientes para nós mesmos. Deste ponto de vista, as superioras gerais querem aceitar o convite para caminhar juntas, ao lado dos distantes e dos excluídos, no discernimento e no anúncio do Evangelho, colocando no centro Cristo, caminho, verdade e vida.

Coragem

Reconhecer-se como vulnerável exige coragem. Irmã Mary Kudiyiruppil, vice-secretária executiva da UISG, está convencida disso. “A fé em Deus, a oração, a certeza de ser chamadas e enviadas por Deus”, enfim, todos os pressupostos da vida consagrada, talvez tornem mais difícil “parecer vulneráveis”. No entanto, hoje, a partir dos números, as congregações experimentam essa condição. “Abraçar a vulnerabilidade”, acrescentou, “não significa tolerá-la, mas reconhecê-la e sentir-se à vontade”, entendendo como, mesmo vulneráveis, hoje as religiosas podem com sua presença “manter viva a chama da esperança”.

Comunhão e inclusão

É necessário prosseguir o caminho sinodal, arraigado na UISG desde a sua criação em 1956, partindo da consciência de ser frágeis para responder aos desafios da contemporaneidade. Caminhar juntas significa, segundo irmã Franca Zonta, superiora geral das Irmãs Marianistas, viver “a comunhão dos diversos carismas, participar e compartilhar experiências, colocar em comum recursos para a missão que hoje exige sinergia, inclusão e integração”. A religiosa advertiu contra conceber a "sinodalidade" apenas como uma palavra da moda: ao contrário, constitui um desafio para fazer uma "mudança de mentalidade", uma "nova forma de conceber a liderança". A "interculturalidade", típica das congregações religiosas, é "uma grande oportunidade para experimentar que o sonho do Papa Francisco expresso em 'Fratelli tutti' é possível".

Um caminho iniciado

Tudo isso se encarna em iniciativas concretas. A secretária executiva da UISG, ir. Pat Murray citou algumas: Catholic Care for Children International (CCCI) lançada em alguns países africanos e agora também introduzida na Ásia para promover os cuidados infantis baseados na família em vez de orfanatos; a Comissão para a Tutela e Proteção dos Menores e Adultos Vulneráveis; o Sister Advocating, uma iniciativa para proteger os mais frágeis; a plataforma Laudato Sì para responder ao apelo do Papa Francisco na direção da conversão ecológica pessoal e comunitária; o compromisso em favor das religiosas idosas do mundo, com atenção especial às formas de comprometimento cognitivo como o Alzheimer.

De um total de 1.900 Superioras Gerais, cerca de 700 participarão da Assembleia Plenária da UISG. Destas, 520 estarão fisicamente presentes no Hotel Ergife em Roma, onde decorrerão os trabalhos. As outras 140 se conectarão remotamente. 71 nacionalidades de origem: a Europa onde se encontram muitas das Casas Gerais é o continente mais representado.

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29 abril 2022, 15:18