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Uma jovem ucraniana Uma jovem ucraniana 

Cardeal Sandri: Deus proteja os jovens da violência na Ucrânia, Síria e Etiópia

O Prefeito do Dicastério para as Igrejas Orientais abre a plenária da ROACO em Roma e na sua homilia confia a Obra a São Luís Gonzaga, o santo padroeiro dos jovens, confiando à sua intercessão o destino dos jovens que vivem em contextos de guerra

Vatican News

"Diante do que aconteceu e está acontecendo no Iraque, Síria, Etiópia e Ucrânia, a ação das agências da ROACO é uma das respostas com as quais Deus chega a Seu povo: a da caridade e do Bom Samaritano". São palavras do Cardeal Leonardo Sandri, Prefeito do Dicastério para as Igrejas Orientais, em sua homilia na missa inaugural da 95ª Assembleia Plenária da ROACO (Reunião das Obras de Ajuda às Igrejas Orientais), celebrada na terça-feira (21) na capela da Casa Generalizia La Salle, em Roma.

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A entrega dos jovens a São Luís Gonzaga

O cardeal confiou os trabalhos da assembleia a São Luís Gonzaga, "um dos santos padroeiros da juventude", cuja memória litúrgica é celebrada no dia 21 de junho. Não é apenas "um santo bonito", como é frequentemente retratado, mas um jovem adulto que, durante sua estada em Roma para formação na Companhia de Jesus, no início da pandemia da peste negra, fez de tudo para ajudar os pobres e os doentes, pedindo dinheiro nas casas dos nobres que frequentava como futuro marquês. Gonzaga pedia esmolas para dar conforto às vítimas e, enquanto carregava uma delas sobre seus próprios ombros, ele foi infectado e morreu pouco tempo depois. "Morreu como mártir e campeão da caridade", disse o cardeal Sandri. "Portanto, confiemos à sua intercessão o trabalho destes dias, e de maneira especial pedimos que ele proteja os jovens de nossas Igrejas Católicas Orientais nos difíceis contextos de violência e guerra, especialmente na Ucrânia, Síria e Etiópia, e todos aqueles que sofreram e ainda sofrem as consequências da pandemia que atingiu o mundo nos últimos anos".


Todo poder humano é destinado ao colapso

Detendo-se nas leituras litúrgicas, a começar pela primeira que fala da ameaça do rei da Assíria que quer subjugar o reino de Judá, o cardeal salientou: "Somente o Senhor Deus é rei. Todo poder humano que, através de ideologias mais ou menos veladas, se professa como eterno ou investido de um poder divino está destinado ao colapso".

Os desafios de hoje

O chefe do Dicastério então voltou seu olhar para os desafios dos tempos de hoje: "Os jogos cruzados de poder, os delírios de onipotência, que têm um denominador comum: multiplicam o número e a dor dos pequenos e dos pobres, fazem chorar as crianças deixando-as órfãs, dispersam as famílias forçando-as a abandonar seus lares, violentam as mulheres desfigurando-as tentando incutir nelas a predominância de outro povo, e infelizmente muito mais". Diante destas pessoas que sofrem, a Igreja mostra e continuará sempre mostrando sua proximidade: "Vivemos a caridade porque fomos amados por primeiro e somos amados todos os dias, e isto não podemos e não queremos esquecer".

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22 junho 2022, 09:54