Dicastério para Comunicação capacita jovens comunicadores
Sebastián Sansón Ferrari – Vatican News
Enfrentar o desafio de como a Igreja pode e deve estar presente on-line para responder adequadamente às necessidades espirituais das pessoas. Esse é o objetivo do programa "Comunicação da fé no mundo digital", organizado pelo Dicastério para a Comunicação, iniciado em 2021 (aqui você pode ver uma linha do tempo criada pela primeira geração).
É uma experiência de partilhar e aprender de forma comunitária e mútua sobre como comunicar a fé no mundo digital, para alcançar as periferias existenciais, não apenas geográficas, do nosso tempo. A segunda edição em 2022 reúne 16 jovens comunicadores provenientes de Camarões, Filipinas, Índia, Panamá, Itália, Lituânia, Alemanha, Croácia, Bélgica, Irlanda, Polônia, Estados Unidos e El Salvador.
"A Igreja Católica", lê-se no anúncio do lançamento da segunda edição, "está buscando estabelecer novas e eficazes formas de comunicação da fé através das redes sociais." A convocação inclui reuniões virtuais, como conferências com especialistas e trabalhos individuais para o período de fevereiro de 2022 a janeiro de 2023. O curso também inclui uma "semana residencial" em Roma, de 30 de maio a 6 de junho de 2022, com um rico cronograma de atividades em tempo integral.
Nataša Govekar, diretora do Departamento Teológico-Pastoral do Dicastério para a Comunicação, informou à Rádio Vaticano – Vatican News que os jovens fizeram visitas culturais e espirituais "para se conectar com as raízes da própria fé cristã e da comunicação vaticana". Na terça-feira, 31 de maio, os jovens foram ao Palazzo Pio, sede da Rádio Vaticano – Vatican News, onde apreciaram o sistema multimídia, multilíngue, multicultural e multiplataforma dos canais oficiais da Santa Sé. Eles também visitaram o Museu da Rádio e ficaram impressionados, disse Govekar.
Em primeira pessoa
Como parte de sua estada na Cidade Eterna, o Vatican News conversou com três jovens da América Latina, que compartilharam seu testemunho.
Alejandra Pinto Miguel, salvadorenha, expressou sua alegria por essa oportunidade e pelo encontro com o Papa Francisco após a Audiência Geral na quarta-feira, 1º de junho. "Ele nos lembrou aquela convicção, como comunicadores ou como pessoas que compartilham uma mensagem, de poder prosseguir, apoiando, reforçando a unidade da Igreja e a vivência do essencial da Igreja", disse Alejandra.
Ela também falou sobre duas mensagens que leva ao seu país: primeiro, a importância da criatividade; segundo, estar abertos à comunhão com o destinatário, não só pensar em dar algo, mas também estar disposto a receber e ter um encontro mais sincero.
"Meu maior desejo é levar uma mensagem de esperança"
Para Stefanie Marie L. Bross, colombiana, essa experiência tem sido um privilégio, que é difícil explicar em palavras. "Estamos todos unidos por uma missão, um desejo, que é levar a melhor notícia do mundo aos fiéis, e além. Para mim tem sido um presente", disse ela.
Sobre a bênção de cumprimentar o Santo Padre após a Audiência Geral, ela disse que todos estavam muito nervosos, "mas quando vi seus olhos, seu sorriso, foi como ver uma pessoa da família", disse ela com profunda emoção. "A coisa mais bonita é que ele nos respondeu quando nos apresentamos", acrescentou, dizendo que foi um gesto providencial de Deus, encorajando-os a continuar com suas respectivas missões como comunicadores, apesar dos medos e inseguranças, porque "Deus quer nos usar como instrumentos para construir seu Reino aqui", disse ela.
Um (re)descobrir
Por sua vez, Orlando Sánchez, panamenho, disse que este programa serviu para refrescar "por que estamos fazendo o que estamos fazendo, comunicação social", "conectando com outras pessoas e com um sentido comum, que é transmitir esse Cristo que está vivo, não só dentro da Igreja, mas também fora da Igreja, como estrutura, como tal, e é o que devemos aprimorar e projetar para um mundo que não a conhece e que só a vê como uma estrutura quadrada, o que não é", ressaltou.
Sánchez reconheceu que o momento com Francisco foi muito especial para ele no âmbito das catequeses sobre a velhice, uma vez que ele tinha gravado uma mensagem de sua avó para ele, na qual ela dizia que rezava muito pelo Papa. O Pontífice lhe deu um rosário abençoado. Sánchez aludiu à mensagem do Santo Padre sobre a necessidade de erradicar a marginalização a que os idosos estão sujeitos.
Para sua terra, Panamá, ele quer levar "transformação em geral", porque acredita que a comunicação da Igreja deve sempre prosseguir adiante, aproximando-se das pessoas. "Somos chamados a encurtar as distâncias, como diz o Papa Francisco, para construir pontes e não para construir muros", disse ele.
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