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Cardeal Parolin aos núncios: a Maria, o nosso pedido de paz para todos os povos

No extraordinário cenário da Capela Sistina, foram celebradas as Vésperas com os Representantes Pontifícios que estão nestes dias no Vaticano para participar do encontro trienal. Na homilia, o secretário de Estado, cardeal Pietro Parolin, salientou sobre o vínculo especial entre a Virgem Maria e os núncios que não representam a si mesmos, mas a Igreja e o Pontífice. A ela, Rainha da Paz, Parolin confia a oração pela
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Adriana Masotti, Andressa Collet - Vatican News

A Virgem Maria, cuja Natividade foi celebrada nesta quinta-feira (8), foi o coração das Vésperas junto ao cenário sugestivo da Capela Sistina, no Vaticano. Participaram cardeais, bispos que representam o Papa nas diferentes partes do mundo, chefes dos dicastérios da Cúria Romana, superiores da Secretaria de Estado e Observadores permanentes sem status episcopal. Nesta sexta (9), o grupo participa de trabalhos divididos por continentes, e, no sábado (10), está prevista a concelebração eucarística presidida pelo Papa Francisco na Casa Santa Marta e outra série de reuniões para encerrar o encontro trienal dos Representantes Pontifícios, desejado pelo Pontífice.

Maria não pode ser amada o suficiente

Presidindo as Vésperas, que concluíram o segundo dia de encontro para os 91 núncios e 6 Observadores Permanentes no Vaticano, estava o cardeal Pietro Parolin. O secretário de Estado disse que "não devemos ter medo de alimentar uma terna devoção filial à Mãe de Cristo; de Maria, nunca se pode dizer o suficiente, nunca se poderá amá-la o suficiente". O purpurado citou uma frase dita pelo cardeal Ratzinger que lembrou que, quando jovem, tinha reservas sobre algumas fórmulas antigas relativas a Maria, "elas me pareciam exageradas, agora entendo que são verdades que são mais válidas hoje do que nunca".

Um vínculo especial entre o núncio e a Virgem

Se queremos ser cristãos, devemos ser marianos, disse o cardeal Parolin, devemos reconhecer a relação que une Maria a Jesus. "Maria é toda relativa a Jesus". Se a devoção a Maria fosse distanciar Jesus, seria preciso rejeitá-la, afirmou ele, mas o oposto é verdadeiro. É necessária para amar Deus. O São Louis de Montfort, tão caro ao JPII, estava convencido disso. Essa unidade de Maria com Jesus entra em particular relevo hoje em dia, observou o cardeal, porque esta celebração é em honra à Natividade de Maria, mas seu verdadeiro significado é a Encarnação do Verbo. Por isso, de fato, nasce Maria. E "essa característica da festa é particularmente significativa para nós", enfatizou o secretário de Estado, "porque também nós, em nossa missão, somos todos relativos a outro".

Confiemos nossa oração pela paz a Maria

Em 2019, o Papa Francisco havia dito, lembrou Parolin, que o núncio não representa si mesmo, mas a Igreja e em particular o Sucessor de Pedro em uma determinada área. "Parecendo com Maria, somos chamados a amá-la e a imitá-la nas suas virtudes", ela que é "modelo na fé e na caridade". Ela nos ensina a sermos fortes e misericordiosos.

O cardeal Parolin convidou, então, todos os presentes a confiarem à intercessão de Maria a oração pela paz "neste mundo tão conturbado, doando-nos dias de paz". E também nessa preocupação pelo mundo inteiro, o purpurado vê um vínculo especial entre os Representantes Pontifícios e Maria porque, disse ele, o núncio tem no coração o bem de todo um povo. Recordando todas as situações de conflito, de dificuldades e perseguição que sabemos que existem no momento, concluiu o cardeal, repetimos a Maria: "dai-nos dias de paz".

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09 setembro 2022, 08:55