Busca

Cookie Policy
The portal Vatican News uses technical or similar cookies to make navigation easier and guarantee the use of the services. Furthermore, technical and analysis cookies from third parties may be used. If you want to know more click here. By closing this banner you consent to the use of cookies.
I AGREE
MISSA EM LATIM
Programação Podcast
Papa Ratzinger na Sinagoga de Roma em 17 de janeiro de 2010 Papa Ratzinger na Sinagoga de Roma em 17 de janeiro de 2010 

Comunidade Judaica: Ratzinger, um interlocutor com grande capacidade de escuta

A Presidente da União das Comunidades Judaicas Italianas, Noemi Di Segni, recorda a visita do Papa Emérito à Sinagoga em 2010 e suas três importantes peregrinações em nome do diálogo com o mundo judaico

Francesca Sabatinelli – Vatican News

Bento XVI foi "um interlocutor que escolheu agir em um tipo de escuta muito elevada, alta em conteúdo e reflexão religiosa, procurando compreender os pontos comuns teológicos, e também considerando as fontes judaicas como fontes de inspiração para o caminho da Igreja". São palavras de Noemi di Segni, presidente da União das Comunidades Judaicas Italianas, ao recordar Joseph Ratzinger, que nunca encontrou diretamente, mas estava presente na visita que o Papa Emérito fez à sinagoga em Roma, um evento histórico, em 17 de janeiro de 2010, o segundo Pontífice da história a entrar no templo, depois de João Paulo II em 1986. "Acompanhei com muita atenção os discursos feitos naquela ocasião", afirma a Presidente Di Segni "e tive a oportunidade de rele-los, para recordar também a nós mesmos que tipo de explicitações foram feitas".

Ouça e compartilhe!

Os três momentos simbólicos do diálogo com os judeus

De Bento XVI como interlocutor "do mais alto nível, firme na fé e nas convicções, mas disposto a escutar respeitosamente", falou o rabino chefe de Roma, Riccardo Di Segni que estava ao lado de Ratzinger na Sinagoga, em 2010. Para o Rabino, Bento "deixou uma marca importante para a Igreja e para o mundo inteiro, apesar do temor no mundo judeu de que sua eleição pudesse levar a um abrandamento do diálogo fortemente desejado por seu predecessor João Paulo II". Em vez disso, o diálogo continuou, como salienta a Presidente, "um diálogo é formado por muitos momentos, muitas declarações e também muitos comportamentos silenciosos", e foi reafirmado por três momentos importantes do pontificado de Bento, três lugares de peregrinação. "Auschwitz, Jerusalém, o Muro das Lamentações, a Sinagoga". "Estes três lugares", explicou Di Segni, "são lugares muito significativos e importantes da identidade judaica através dos quais o momento do diálogo estabelecido é marcado. O percurso da Igreja, do Concílio Vaticano até a Nostra Aetate - e como isto se traduz depois na relação com o judaísmo - é um percurso muito importante, feito de diferentes explicitações de termos, de indicações, de tons que começam do alto e devem chegar embaixo e na direção da periferia. E o desafio é precisamente este, fazer com que se torne cotidiano e não apenas afirmações escritas e formalizadas nas esferas mais altas do Vaticano".

O desafio de ouvir

“A doutrina do Concílio Vaticano II", disse Ratzinger durante sua visita à sinagoga, "tornou-se para os católicos um ponto firme ao qual fazem referência constante nas atitudes e nas relações com o povo judeu, marcando uma nova e significativa etapa. O acontecimento conciliar deu um impulso decisivo no compromisso de se percorrer irrevogavelmente um caminho de diálogo, fraternidade e amizade, caminho este que se tem aprofundado e desenvolvido ao longo destes quarenta anos através de passos e gestos importantes e significativos". Portanto o dia 17 de janeiro marcou um momento fundamental, a sua homenagem aos judeus romanos deportados, sua saudação aos sobreviventes dos campos de concentração, fez com que o mundo judeu falasse de "novo respeito e fraternidade mais próxima", como disse a historiadora Anna Foa. Sabe-se muito bem, conclui Noemi Di Segni, que a dialética entre católicos e judeus foi "importante e cansativa. Saber restaurar um significado de convivência, de escuta, é um sinal muito importante. Nem sempre é fácil por parte do mundo judeu entender o modo de raciocinar do teólogo católico - são duas linguagens diferentes, especialmente para os que vêm do mundo do estudo e da religião - e isto também é um desafio, o de saber compreender no outro o tipo de escuta que está sendo feita".

Obrigado por ter lido este artigo. Se quiser se manter atualizado, assine a nossa newsletter clicando aqui e se inscreva no nosso canal do WhatsApp acessando aqui

05 janeiro 2023, 09:50
<Ant
Abril 2025
SegTerQuaQuiSexSábDom
 123456
78910111213
14151617181920
21222324252627
282930    
Prox>
Maio 2025
SegTerQuaQuiSexSábDom
   1234
567891011
12131415161718
19202122232425
262728293031