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O secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin O secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin 

Cardeal Parolin: missão de Zuppi na Ucrânia não para mediar, mas favorecer a paz

A margem de um evento na Embaixada da Itália junto à Santa Sé, o secretário de Estado, cardeal Pietro Parolin, falou sobre a iniciativa de paz que o Papa confiou ao presidente da Conferência Episcopal Italiana (CEI), cardeal Matteo Zuppi: “Moscou e Kiev, no momento, serão os únicos interlocutores”. Sobre o estado de saúde de Francisco, Parolin disse que “foram canceladas as audiências desta sexta-feira devido a seu estado febril. Desde a última quinta-feira, parecia muito cansado".

Vatican News

O secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, na manhã desta sexta-feira, 16, na sede da Embaixada da Itália junto à Santa Sé, em Roma, participou da apresentação do livro do Mons. Dário Edoardo Viganò, intitulado “Os Papas e os meios de comunicação: redação e recepção dos documentos de Pio XI e Pio XII sobre cinema, rádio e TV".

À margem do evento, os jornalistas presentes pediram ao cardeal Parolin maiores detalhes sobre a missão do cardeal Matteo Zuppi na Ucrânia. O secretário de Estado limitou-se a recordar o que a Santa Sé comunicou à imprensa: “a missão que o Papa Francisco confiou ao cardeal Matteo Zuppi, arcebispo de Bolonha e presidente dos Bispos Italianos, não tem o objetivo de uma mediação imediata para aliviar as tensões no conflito na Ucrânia. Os únicos interlocutores do conflito são os presidentes da Ucrânia, Zelensky, e da Rússia, Putin. A missão do cardeal Zuppi é, sobretudo, tentar favorecer um clima e um ambiente possíveis para se alcançar a paz”.

Em comunicado de imprensa, Parolin ainda acrescentou: “segundo a declaração de Zelensky, Kiev não estaria disposta, no momento, a uma mediação no sentido restrito do termo. No entanto, essa missão não tem como objetivo imediato uma mediação, mas sim criar um clima favorável em vista de uma solução pacífica”.

Mosca e Kiev como interlocutores

A seguir, o cardeal Parolin afirmou: “os interlocutores, no momento, serão Moscou e Kiev. Depois, veremos. E, sobre uma eventual data, ainda deve ser decidida. Ainda é cedo para se saber, pois tudo depende também da disponibilidade dos interlocutores. Acredito que não haverá problema, por parte de ambas as capitais, para fixar a data de início da missão do cardeal Zuppi. É só chegar a um acordo”.

Por outro lado, o secretário de Estado expressou sua satisfação pelo anúncio do Ministério do Exterior da Rússia feito nesta sexta-feira (26): “Moscou avalia, de modo positivo, a iniciativa de paz do Papa". Por isso, o cardeal Parolin, afirmou: “estamos satisfeitos por esta disposição de Moscou também em relação à missão do enviado do Papa. Mas, isso não influi em nada sobre o conteúdo da missão”.

A saúde do Papa Francisco

Depois, o secretário de Estado falou aos jornalistas sobre o estado de saúde do Papa que, na manhã desta sexta-feira (26), devido a um estado febril, como informou o porta-voz, Matteo Bruni, foram canceladas as audiências. O Pontífice "se sentia muito cansado, pois o dia anterior foi bastante movimentado por estar em contato com muita gente, no âmbito do encontro com Scholas Occurrentes”.

As inundações na Emília-Romagna

Enfim, o pensamento do cardeal Parolin voltou-se para um cenário completamente diferente: a região da Emília-Romagna, atingida pelas violentas inundações que causaram mortos, feridos e destruição de casas e plantações. Por isso, expressou sua solidariedade e tristeza: “tristeza pelas vítimas e pelos que foram atingidos que agora estão deslocados e se encontram em situações difíceis. Confio na reconstrução dos próximos dias. Alguns dizem que as inundações também aconteceram por falta de cuidado. Logo, espero que se faça mais atenção e cuidado com o território, para evitar tragédias como essa”.

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27 maio 2023, 08:00