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Cardeal Parolin em Angola Cardeal Parolin em Angola 

Cardeal Parolin: a Igreja em Angola, cheia de amor e firme na fé

O cardeal Parolin cumpriu uma visita de três dias a Angola durante a qual presidiu no sábado, 12, à Santa Missa da Ordenação Episcopal de Dom Germano Penemote, nomeado pelo Papa Francisco Arcebispo Núncio apostólico no Paquistão. Neste domingo a Santa Missa em Luanda.

Silvonei José – Vatican News

“A Igreja Católica em Angola, cheia de amor e firme na fé, é portadora de uma rica tradição espiritual, que a alimentou no tempo das provações e continua a alimenta-la”: foi o que disse o secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, durante a homilia da Santa Missa celebrada neste domingo em Luanda, capital de Angola. O cardeal Parolin cumpriu uma visita de três dias a Angola durante a qual presidiu no sábado, 12, à Santa Missa da Ordenação Episcopal de Dom Germano Penemote, nomeado pelo Papa Francisco Arcebispo Núncio apostólico no Paquistão.

Depois de saudar os bispos, sacerdotes, religiosas e religiosos, seminaristas, catequistas e outros agentes leigos da pastoral, agradecendo pelo seu trabalho apostólico e pela recepção calorosa na sua primeira visita a Angola, uma saudação também às autoridades civis e diplomáticas presentes na celebração, bem como aos representantes das outras Igrejas e denominações cristãs, a quem que saudou fraternamente.

Na sua homilia recordou que a Eucaristia, “o mistério da graça é o centro, a fonte de toda a nossa existência cristã (LG 11), para o qual converge toda a vida e toda ação da Igreja”.

Depois de termos escutado a Palavra de Deus, disse o cardeal, “há dois pontos que põem em conexão os textos litúrgicos deste domingo: o primeiro é dado pela manifestação visível de Deus Pai e de Jesus Cristo narrada na primeira e na terceira leitura; o segundo, por sua vez, é dado pela insistência com que, sobretudo no Salmo Responsorial, se faz referência a Deus como Aquele que “salva”, que dá a “paz” e todo o bem.

Os dois aspectos, por outro lado, não estão desligados um do outro, mas se relacionam mutuamente: Deus ou Cristo manifestam-se, mostram-nos o Seu amor, para salvar. Cada uma das Suas manifestações é um gesto de amor e de bondade.

O Evangelho do dia

Após citar a primeira leitura, tirada do Livro dos Reis, que descreve uma misteriosa manifestação de Deus ao profeta Elias no monte Horeb, o cardeal Parolin destacou o Evangelho deste domingo, “a passagem evangélica nos descreve também uma “manifestação” prodigiosa de Cristo, que, porém, conjuga os dois aspectos do poder e da benevolência: o Deus amigo e próximo a todas as necessidades humanas não deixa de ser o Deus poderoso, o dominador dos acontecimentos cósmicos e dos grandes factos da história. É o episódio de Jesus que caminha sobre as águas, enquanto os Apóstolos se encontram em dificuldade com a própria barca por causa do forte vento “contrário”.

Quando começa a amanhecer, Jesus vem ao encontro deles, caminhando sobre o mar. Mas eles não o reconhecem. Se assustam. Pensam que se trata de um fantasma. E gritam de medo. Jesus, então, dá-se a conhecer e dá-lhes coragem: “Tende confiança. Sou eu”.

Pedro pede um novo milagre para confirmar a sua fé. Mas o milagre exige a fé. E a fé é “o maior milagre”. Não só é o maior milagre, mas também faz-nos compreender que tudo é milagre, que tudo é graça.

A fé

A fé, de fato, - disse o cardeal – “só é possível na dependência da Palavra, feita carne, que chama: “Vem”. A fé nasce sempre da escuta da Palavra de Deus, como recorda-nos São Paulo (cfr. Rm. 10,17). E se nos apegamos a esta Palavra, se a escutamos com constância e a aplicamos na nossa vida, tudo se torna um milagre”.

Leva-nos a refletir o que Mateus conta: Pedro vai em direção a Jesus e começa a caminhar sobre as águas. Enquanto olha para o rosto de Jesus caminha sobre as águas, mas quando começa a olhar para o vento contrário, para as dificuldades, para os seus próprios medos, afunda-se. É a parábola da nossa vida de crentes. Se olharmos para os nossos medos, ficamos como que petrificados e afundamo-nos. Se olharmos para Ele, o que nos considerávamos impossível torna-se possível.

Jesus ressuscitado estará sempre com os discípulos, mas a sua presença só pode ser percebida na fé. “Ele espera-nos também no centro dos nossos medos, no centro das coisas da existência que parecem insolúveis, e faz-nos passar por cima delas para que tenhamos o necessário desprendimento do mundo, aquele desprendimento que nos torna verdadeiramente livres”.

A fé – continuou o cardeal Parolin – “é uma graça que a pessoa recebe”. Descobre-a dentro de si mesmo, na intimidade dos seus pensamentos e dos seus afetos; vê-a nos acontecimentos que marcaram e marcam a sua vida, na sua própria biografia, feita de encontros, de escolhas, de rostos. É como a respiração e o bater do coração, que fazem de cada um de nós uma ser vivente. Não é um sentimento, porque o sentimento é frágil: hoje está presente, mas amanhã não se sabe, por vezes é intenso, outras vezes é ténue. A fé é uma graça que torna a existência única, que a torna especial, que vale mais do que a própria vida: sem ela, a vida estaria suspensa sobre o vazio”.

Uma saudação aos jovens

O cardeal Parolin ainda dirigiu seu pensamento aos jovens, após a extraordinária experiência eclesial vivida em Lisboa na semana passada, durante a Jornada Mundial da Juventude. Foi um acontecimento providencial de graça para a Igreja inteira.

Entre os tantos de jovens de todas as partes do mundo, estavam presentes numerosos angolanos, acompanhados por Bispos, sacerdotes, religiosos e religiosas.

“Caros jovens. A extraordinária estação da existência que estais a atravessar está cheia de interrogativos e de expectativas, de sonhos e de projetos, mas também de desafios e de angústias: lidais com o vosso presente e com o vosso futuro; lidais com a vida, para que ela se torne sempre mais plenamente uma vida boa e realizada. As vossas buscas, os vossos esforços, as vossas relações e as vossas escolhas estão orientadas para este objetivo”.

“O olhar de cada um de vós, queridos jovens, - disse ainda o cardeal - projeta-se para o futuro, para o amanhã, e depois, continuamente, mede-se com o quotidiano: nesta dupla perspetiva, entre o “hoje” e o “para sempre”, colocais em jogo os vossos melhores recursos, superais medos paralisantes, procurais laços autênticos e equilíbrios harmoniosos; enfrentais as perguntas sérias da existência, suportais as desilusões, lutais contra a fragilidade e a incerteza para encontrar a verdadeira felicidade”.

Na conclusão reafirmou: “a Igreja católica em Angola, cheia de amor e firme na fé, é portadora de uma rica tradição espiritual, que a alimentou no tempo das provações e continua a alimenta-la. A Imaculada Virgem Maria acompanhe com a sua intercessão esta Igreja, para que possa continuar a ser uma Igreja viva, sólida na fé, unida na esperança e perseverante na caridade”.

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