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Apresentação do Imperial Royal Circus na Sala Paulo VI Apresentação do Imperial Royal Circus na Sala Paulo VI  (ANSA)

Royal Circus: nossa missão é doar alegria

Na manhã de quarta-feira, na Audiência Geral, entre os fiéis presentes estavam também os artistas do Imperial Royal Circus, que se apresentaram diante do Papa Francisco. Foi grande a alegria e a emoção deles por este encontro com o Pontífice. "Nunca o esqueceremos", disse Bianca Montico, entre os artistas presentes.

Marina Tomarro – Vatican News

Os artistas do Imperial Royal Circus estão muito emocionados quando chegam à Rádio Vaticano para participar do programa "A Janela do Papa". Eles ainda estão com suas roupas de palco, que usaram para se apresentar diante do Papa Francisco, e em seus rostos a expressão incrédula e feliz do que acabaram de vivenciar. "Ver o Pontífice sorrir diante de nossa apresentação foi um presente para nós, algo que jamais esqueceremos", disse Bianca Montico, ex-acrobata, filha de circenses, que nesta ocasião age como porta-voz de seus colegas. "Nossa vida, como vocês podem facilmente imaginar, é cheia de sacrifícios, às vezes renúncias, mas um encontro como esse compensa tudo e nos deixa felizes.

Uma mensagem de solidariedade para a Ucrânia

Junto com Bianca, também estão seu irmão, Denny Montico, treinador de animais, a acrobata Angelina Fedorchenko e o palhaço Ridolini, que arranca um sorriso do rosto de todos: "Em nosso circo, somos todos uma grande família", explica Montico. "Somos de várias nações diferentes e isso nos enriquece. Quando a guerra estourou na Ucrânia, as jovens e os jovens daquele país que trabalham conosco se viram separados de suas famílias de um dia para o outro e nós compartilhamos a profunda tristeza, tentando entender o que poderíamos fazer por eles. Por isso, hoje, daqui do Papa, decidimos apresentar um balé dançado por esses jovens com bandeiras ucranianas, justamente para lançar nossa mensagem de paz e solidariedade a todos, porque o circo também é isso, não apenas espetáculo".

Voando pelos trapézios com a Ucrânia no coração

Entre os dançarinos presentes estava Angelina Fedorchenko, que doou uma rosa ao Papa Francisco no final da apresentação. "Hoje dancei por todos aqueles que estão na Ucrânia e que estão sofrendo", explicou emocionada. "Estou na Itália há muito tempo, mas desde que essa guerra começou, a vida de todos nós mudou. Todos os dias chegam notícias ruins, minha família mora a apenas 80 km da fronteira com a Rússia, é uma área muito perigosa e estou sempre muito preocupada, gostaria que tudo isso acabasse logo. Minha casa foi destruída, meu pai está lutando e eu penso na minha avó, que ficou sozinha". Conforme ela conta, fica difícil conter a emoção, mas o sorriso volta quando Angelina fala de sua paixão pela dança. Sempre fui dançarina", disse ela, "minha primeira viagem de trabalho me levou até a China, e lá me aproximei do mundo do circo. Comecei imediatamente a estudar trapézio e alturas, e foi assim que cheguei à Itália, no Royal Circus, e também encontrei o amor!". Porque no circo essas coisas acontecem e, a partir de um trabalho, se torna uma família: "Conosco não há barreiras", explica Denny Montico. "Angelina é ucraniana, enquanto seu namorado é chileno; o que os fez se apaixonar foi justamente a linguagem universal do amor e da paixão pelo mesmo trabalho. E há muitos como eles".

A dançarina Angelina entrega a rosa ao Papa junto com o palhaço Ridolini
A dançarina Angelina entrega a rosa ao Papa junto com o palhaço Ridolini

Doar um sorriso a todos

Mas quando se fala em circo, a primeira imagem que vem à mente é a dos palhaços. Como Ridolini, que nunca se separa de seu saxofone: "O mais difícil é fazer o público rir", disse Ridolini, também conhecido como Elder Dell'Acqua, "envolvê-lo em nossas acrobacias, fazer com que passe de espectador a protagonista do espetáculo". Elder também leva sua arte àqueles que vivem em situações dolorosas, como as crianças hospitalizadas: "Nosso mundo circense é sinônimo de alegria. Por isso, além de organizar espetáculos gratuitos para os menos afortunados em colaboração com os municípios que nos recebem, há alguns anos venho desenvolvendo um projeto chamado 'Um sorriso para todos', no qual pretendo proporcionar algumas horas de serenidade às crianças e suas famílias que estão hospitalizadas. É um verdadeiro mini-show que levamos entre as alas dos hospitais e, para mim, a maior e mais bela recompensa é o sorriso deles". Há alguns meses, Ridolini levou seu espetáculo ao Policlínico Umberto I, em Roma: "Foi realmente emocionante", continua ele, "entrei na ala tocando meu saxofone, lentamente começamos a abrir as portas e, quando as crianças nos viram, explodiram de alegria. Depois, como era época de Natal, também distribuímos presentes, e ver aquele momento de serenidade tanto para as crianças quanto para seus pais foi inesquecível".

Alguns momentos da exibição
Alguns momentos da exibição

A alegria do acolhimento em diferentes lugares

Atualmente, o Imperial Royal Circus está em Roma, na área de Torre Maura, mas se mudará para outras cidades italianas em alguns dias. "Quando chegamos a um novo lugar", explica Bianca Montico, "sempre somos recebidos com alegria pela população local, porque o circo é um lugar de alegria. No entanto, enfrentamos muitas dificuldades, tanto relacionadas a aspectos da burocracia, que muitas vezes é bastante complicada, quanto à desconfiança com que algumas pessoas nos olham. Realmente convidamos todos a nos visitar e a entender melhor nosso mundo e o trabalho que fazemos, onde há amor e respeito não apenas entre nós, mas também com aqueles que trabalham conosco, como nossos amigos animais".

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18 janeiro 2024, 18:09