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Ruffini: o Papa nos explica que a Inteligência Artificial não está desconectada de ter um coração

O prefeito do Dicastério para a Comunicação reflete sobre a mensagem de Francisco para o 58º Dia Mundial das Comunicações Sociais divulgada na quinta-feira, 24 de janeiro. Uma reflexão também do presidente da Ordem dos Jornalistas do Lácio, D'Ubaldo, e do chefe do Departamento de Comunicação da Diocese de Roma, pe. Albanese.

Eugenio Bonanata – Vatican News

O Papa acrescenta um elemento ao que significa comunicar com o coração, aplicando-o ao tema da Inteligência Artificial. O prefeito do Dicastério para a Comunicação da Santa Sé, Paolo Ruffini, parte desta consideração para ilustrar as peculiaridades da mensagem de Francisco para o 58º Dia Mundial das Comunicações Sociais.

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"O texto nos explica que a Inteligência Artificial não está desconectada do fato de sermos homens e mulheres que têm um coração", disse Ruffini ao canal televisivo italiano Telepace. Na base de tudo está sempre a relação entre as pessoas que as novas tecnologias nunca poderão substituir e redimensionar. "Uma visão que tem a ver com o nosso ser humano, evitando acreditar que somos tão grandes a ponto de substituir Deus e o homem por máquinas", sublinhou.

Amor e sentimento, não apenas cálculo

Por meio dessa exortação aos comunicadores, o Papa os convida a olhar para a essência da questão sem medo da inovação tecnológica. "A nossa inteligência não é feita apenas de cálculos, mas de amor e sentimento", advertiu Ruffini, que se deteve nos temas concretos destacados na mensagem. "São uma série de questões sobre a negociação e o uso da Inteligência Artificial, como a interoperabilidade das plataformas, a responsabilidade editorial do redator e a rastreabilidade das fontes", acrescentou.

Encontro e vínculo para contar os fatos

A mensagem de Francisco também lembra a impossibilidade de fornecer informações sem os jornalistas locais que se encontram com as pessoas e estabelecem relações. "Temos a obrigação e o dever de ouvir antes de contar os fatos", disse o presidente da ordem dos jornalistas do Lácio, Guido D'Ubaldo. "Somente através do nosso profissionalismo seremos capazes de enfrentar o desafio da Inteligência Artificial, continuando a ajudar as pessoas a distinguir entre a verdade e as fake news".

"Estamos sempre muito atentos aos lembretes que o Papa dirige à nossa categoria", disse D'Ubaldo, lembrando a missa para os jornalistas organizada pelo terceiro ano consecutivo junto com o Escritório de Comunicações Sociais da Diocese de Roma, por ocasião da memória de São Francisco de Sales. A celebração, presidida por dom Baldo Reina, vice-gerente do Vicariato, realizou-se na manhã da última quarta-feira na Igreja de San Giuseppe dei Falegnami, no Clivo Argentario, acima do Cárcere Mamertino, e culminou com uma visita guiada ao local ligado à prisão dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo.

Dar voz a quem não tem voz

"Uma ocasião para rezar e pedir a intercessão de nosso santo padroeiro", disse o padre Giulio Abanese, chefe do Departamento de Comunicação da Diocese de Roma, sobre a celebração. Além disso, afirmamos uma decisiva assunção de responsabilidade ao dar voz a quem não tem voz e ao estar ao lado daqueles que são frequentemente vítimas de injustiça e abuso em todas as latitudes. Está claro que não estamos falando de uma mera profissão. "Como o Papa Francisco nos lembrou recentemente, a nossa vocação é a afirmação da verdade para a construção do bem comum", concluiu.

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25 janeiro 2024, 10:48