Parolin: agricultores devem ser ouvidos, é preciso diálogo
Vatican News
"Eles devem ser ouvidos, deve haver um diálogo, uma abertura para o diálogo em vista da sustentabilidade das pequenas e médias empresas e de um futuro para as áreas rurais": são palavras do cardeal secretário de Estado, Pietro Parolin, sobre os protestos dos agricultores em andamento na Itália e em toda a Europa contra os altos custos de produção. "O compromisso - afirma o purpurado - é que a pessoa seja sempre colocada no centro de tudo, para que sua dignidade seja salvaguardada e possa realmente expressar as melhores propostas".
Parolin respondeu às perguntas dos jornalistas à margem de um Convênio no Palácio Borromeo, sede da Embaixada da Itália junto à Santa Sé, por ocasião do 40º aniversário da Concordata assinada em 1984 pelo então primeiro-ministro italiano Bettino Craxi e pelo secretário de Estado vaticano, cardeal Agostino Casaroli. Um entendimento que "não é algo do passado, mas também tem uma projeção para o futuro", disse o cardeal, ou seja, "quais pontos podem ser desenvolvidos hoje" a partir do que foi estipulado há quatro décadas.
Esperanças de uma solução no Oriente Médio
Na mesma ocasião do Convênio da tarde desta quinta-feira, 8 de fevereiro, foi apresentada a Declaração de intenções entre a Itália e a Santa Sé sobre a nova sede do hospital Bambino Gesù: "Do lado italiano e do lado da Santa Sé, serão delineados os pedidos sobre essa operação", explicou rapidamente o cardeal.
Ademais, o purpurado se deteve sobre o conflito no Oriente Médio, onde uma trégua e um acordo para o retorno dos reféns nas mãos do Hamas parecem cada vez mais distantes. "Há negociações em andamento", explicou o secretário de Estado. "É claro que não parece que as esperanças estejam se materializando, essas esperanças que surgem de vez em quando. Mas esperamos que, aos poucos, um acordo e uma solução possam ser alcançados com a libertação dos reféns e um cessar-fogo. E, em seguida, o início das negociações para uma solução definitiva para o problema".
A investigação Visco
O cardeal também foi questionado pelos jornalistas sobre o caso judicial envolvendo Gabriele Visco, filho do ex-ministro italiano Vincenzo Visco, no qual o próprio Parolin teria sido citado. "Mah", interrompeu o cardeal, "eu comento com as palavras de um jornal: trata-se de extravagâncias às quais não se deve dar peso".
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