Francisco assina bandeira pela paz de corredores italianos do Piemonte

Eugenio Bonanata - Vatican News

Aumentar a conscientização sobre os temas da paz participando de eventos esportivos. Esse foi o objetivo dos corredores da sociedade "Asd Boves Run", da cidade de Boves, da província de Cuneo, região italiana do Piemonte, que se encontraram com o Papa na manhã desta quarta-feira (20), ao final da Audiência Geral na Praça de São Pedro. Francisco não só ouviu de bom grado sobre a iniciativa das corridas do projeto Run&Ride for Peace lançado pelos voluntários da "Operação Colomba", grupo não violento de paz da Comunidade Papa João XXIII, fundada por Pe. Oreste Benzi. "Ele também autografou a bandeira que carregamos nos eventos em toda a Itália", conta Marco Campagna que, junto com seus nove companheiros presentes na catequese, também participou da Maratona de Roma, do último final de semana.

Uma viagem que continua

A bandeira assinada pelo Papa já percorreu centenas de quilômetros e agora está se preparando para continuar sua jornada. "Nós", explica Campagna, "colocamos imediatamente à disposição tudo o que sabemos fazer, ou seja, nossas pernas e nossa boa vontade". Olhando para o futuro, os corredores italianos de Boves planejam participar da Maratona de Milão, da Maratona de Pádua e, certamente, no próximo ano, voltarão para a Maratona de Roma. E farão isso com um ímpeto renovado, sempre com o mesmo espírito: apoiar os voluntários da 'Operação Colomba', que trabalham há 30 anos em países devastados pela guerra, ao lado da população.

"Como o Papa Francisco repete com frequência, são os civis que pagam o preço mais alto pela guerra", acrescenta Marco Campagna, que conta outro detalhe do encontro emocionante na Praça São Pedro: "a partir de hoje, o Papa Francisco se tornou nosso novo companheiro de equipe, pois demos a ele uma camiseta do time com seu nome".

Percurso de reconciliação

Um gesto simbólico que se relaciona com a vocação pacífica de Boves. A cidade, de fato, embarcou em um caminho de reconciliação que levou a criação de relações frequentes (e ao lançamento da Escola da Paz em 1983), após o primeiro massacre nazifascista em setembro de 1943. Esse episódio custou a vida de vários habitantes locais, incluindo dois padres beatificados em outubro de 2022: Pe. Giuseppe Bernardi e Pe. Mario Ghibaudo, que não deixaram seus paroquianos sozinhos, dando suas vidas para ajudar a comunidade.