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Nas Ilhas Seychelles, no Oceano Índico, o mar está mais quente e ácido, o que gera um branqueamento e destruição dos recifes da região. Nas Ilhas Seychelles, no Oceano Índico, o mar está mais quente e ácido, o que gera um branqueamento e destruição dos recifes da região.  (AFP or licensors)

Santa Sé defende cancelamento da dívida de pequenos Estados insulares

O discurso do chefe da delegação da Santa Sé, dom Robert Murphy, por ocasião do debate geral da 4ª Conferência Internacional sobre Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento que termina hoje, 30 de maio, em Saint John's, Antígua.

L'Osservatore Romano

"Exortamos os Estados desenvolvidos a considerarem o cancelamento da dívida como um fator de «prosperidade resiliente»". Foi o que destacou em seu discurso dom Robert Murphy, chefe da delegação da Santa Sé, por ocasião do debate geral da 4ª Conferência Internacional sobre Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento (SIDS4), que se realiza de 27 a 30 de maio de 2024 em Antígua e Barbuda, sob o tema “Traçando o rumo para uma prosperidade resiliente”.

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“A busca do desenvolvimento sustentável é essencial para a prosperidade futura de todos os Sids”, afirmou o prelado; no entanto, estes deparam-se com "o crescente peso da dívida", que "os força a fazerem escolhas insustentáveis ​​entre os crescentes pagamentos de juros ou a alocação de recursos para investir em saúde, educação, sistemas de proteção social e infra-estruturas", com adicionais dificuldades diante de "problemas urgentes como a erradicação da pobreza e as alterações climáticas".

Imperativo moral

 

Na defesa, portanto, de “uma abordagem corajosa da dívida”, dom Murphy reiterou, na esteira do Papa Francisco, que o seu cancelamento “não é apenas uma questão de política econômica ou de desenvolvimento, mas sim um imperativo moral fundado nos princípios da justiça e solidariedade."

Por último, o representante da Santa Sé sublinha que “as alterações climáticas, a erosão costeira e a perda de biodiversidade” dificultam o desenvolvimento dos Sids, representando para eles também “uma ameaça existencial”.

Neste sentido, os votos de que seja implementado em tempo hábil um “índice de vulnerabilidade multidimensional”, de modo a “fortalecer a ação no caminho para um futuro sustentável para todos”.

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30 maio 2024, 11:37