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Dom Rino Fisichella, pró-prefeito do Dicastério para a Nova Evangelização Dom Rino Fisichella, pró-prefeito do Dicastério para a Nova Evangelização 

Jubileu: Fisichella espera que Roma seja uma cidade que anuncia paz

Presente no "Fórum Adnkronos", o pró-prefeito do Dicastério para a Nova Evangelização falou sobre o Oriente Médio, afirmando que a diplomacia da Santa Sé está sempre disponível. Dom Rino Fisichella disse que a presença do Papa no G7 será uma provocação para colocar a dignidade da pessoa no centro. Para o Ano Santo, antecipou que haverá gestos concretos do Pontífice. E, referindo-se ao Dia do Trabalhador, enfatizou que uma economia sem ética leva à violência.

Vatican News

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Roma se tornará a cidade do anúncio da paz por ocasião do Jubileu: essa é a esperança de dom Rino Fisichella, pró-prefeito do Dicastério para a Nova Evangelização do Vaticano, que participou nesta terça-feira (30) do "Fórum Adnkronos", na sede da própria agência de notícias, em Roma. O arcebispo abordou vários tópicos, desde a crise no Oriente Médio até a participação do Papa Francisco no G7, desde o próximo Ano Santo até a teologia pop, ou seja, o renascimento do Evangelho e da sua mensagem através da linguagem dos jovens, da música pop, do cinema, do teatro e da arte.

A situação no Oriente Médio

Sobre o tema de Israel e Palestina, dom Fisichella contou que recentemente esteve diante da oliveira plantada pelo Papa Francisco junto com Abu Mazen e Shimon Peres. Ele notou o quanto havia crescido, enquanto hoje nos encontramos em uma situação que contradiz esse gesto simbólico, mas em relação à qual a diplomacia da Santa Sé é sempre muito disponível.

Papa Francisco no G7

Quanto ao discurso de Francisco na sessão do G7 dedicada à Inteligência Artificial, para o prelado será uma provocação para pressionar os governos a entenderem, em primeiro lugar, que a questão afetará cada vez mais a vida das pessoas e que serão necessárias regras. O pró-prefeito do Dicastério para a Nova Evangelização acredita que o que está em jogo é a própria concepção do homem, que a inteligência artificial deve ser considerada no contexto mais amplo da cultura digital e cibernética, e que tudo o que ela usa está listado na bolsa de valores e tem repercussões na vida social e pessoal. Então, a presença do Papa no G7 será uma provocação para colocar a dignidade da pessoa de volta ao centro.

O Jubileu de 2025

Com relação ao Jubileu, dom Fisichella antecipou que o Papa fará gestos em relação aos prisioneiros e que, no final do Ano Santo, haverá também um ato concreto de caridade em benefício da Síria, onde uma guerra esquecida está ocorrendo há 13 anos.

Aqueles que desejarem atravessar a Porta Santa terão que se inscrever através do cartão especial de peregrino, explicou o prelado, também para garantir que todos sejam bem recebidos, que não haja multidões excessivas ou problemas de segurança. Milhares de registros já chegaram e a máquina organizacional prevê a chegada de 32 milhões de pessoas, incluindo mais de 2,5 milhões dos Estados Unidos e 900 mil da Alemanha. Também são esperados muitos participantes da América do Sul.

Quanto às obras de preparação de Roma para o Jubileu, o pró-prefeito do Dicastério para a Nova Evangelização se concentrou naquelas que estão afetando a Piazza Pia, no início da Via della Conciliazione, a poucos passos do Castel Sant'Angelo, e disse estar confiante de que serão concluídas dentro do prazo planejado. A data de entrega da nova praça, que terá cerca de 7 mil metros quadrados, é 8 de dezembro. Para dom Fisichella, o importante é que a antiguidade do Castel Sant'Angelo e o estilo barroco da Praça de São Pedro, com a colunata de Bernini, sejam respeitados e que, portanto, não seja uma praça que crie uma descontinuidade artística. As da Piazza Pia, acrescentou, são as obras mais representativas do Jubileu e as mais complexas a serem realizadas; a escavação do túnel já começou e o canteiro de obras, explicou, é um trabalho de engenharia do mais alto nível, projetado para mover dois grandes coletores de esgoto e construir um novo, muito maior.

Uma economia ética

Com uma referência ao feriado de 1º de maio, dom Fisichella enfatizou que uma economia sem ética leva inevitavelmente à violência, tanto em relação às mortes no trabalho quanto à própria dignidade do trabalhador. Não é ética aquela economia que não respeita as qualidades profissionais específicas do trabalhador, continuou o prelado, que não respeita o cliente, que dá mais valor à máquina do que ao homem, porque uma economia que visa única e exclusivamente ao lucro já se coloca fora de qualquer veículo de socialidade e entra em choque com o próprio critério da sociedade.

Novas linguagens para falar aos jovens

Finalmente, sobre a teologia pop como uma nova forma de evangelização, a opinião do pró-prefeito do Dicastério para a Nova Evangelização é que os jovens não devem ser atraídos por estratagemas, porque os jovens devem ser atraídos pela seriedade da proposta feita, que é a proclamação de Jesus Cristo. Para dom Fisichella, de fato, são necessárias novas formas de comunicação para falar às novas gerações, que são cada vez mais sociais e distantes da linguagem da Igreja, mas é preciso encontrar uma linguagem para falar de Jesus Cristo a eles, não se deve dar um agrado para atraí-los, a Igreja deve ser coerente consigo mesma, o que ela propõe é o sentido da vida, o efêmero é feito por muitos outros. A teologia, destacou, é o esforço para entender mais do mistério da fé, é a inteligência crítica, que se coloca diante do mistério tentando explicar as razões, o porquê da presença do mistério em nossas vidas. Entre outras coisas, concluiu, o teólogo reconhece que há também uma espiritualidade popular que igualmente precisa de inteligência.

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01 maio 2024, 08:51