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ICANN-80 Policy Forum de Kigali (Vatican Media) ICANN-80 Policy Forum de Kigali (Vatican Media)

A Santa Sé em Ruanda por uma internet segura e inclusiva

Realizou-se em Kigali, capital ruandesa, o Fórum de Políticas ICANN-80, promovido pela organização responsável pelo gerenciamento da web. A delegação da Santa Sé também participou, debatendo temas como a colaboração internacional e a redução da exclusão digital

Vatican News

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Evitar a fragmentação da internet, mantendo-a segura, única e interoperável, e promover a inclusão digital reduzindo os custos da infraestrutura de informação e comunicação (ICT) e a exclusão digital. Esses foram alguns dos pontos que as mais altas autoridades internacionais que lidam com a internet e as telecomunicações discutiram em 9 de junho em Kigali, capital de Ruanda - situado na região dos Grandes Lagos africanos -, na reunião de mais alto nível governamental do Fórum de Políticas ICANN-80, promovido pela organização que gerencia domínios e a rede em nível global.

A delegação da Santa Sé

Participaram 50 delegações, incluindo a da Santa Sé, que é membro da Internet Corporation for Assigned Names and Numbers desde 1994 com os domínios .va e .catholic, bem como os endereços IP públicos necessários para a conexão internacional, representada monsenhor Lucio Adrian Ruiz, secretário do Dicastério para a Comunicação, e pelo delegado engenheiro Francesco Masci, diretor da Direção Tecnológica do Dicastério.

Monsenhor Lucio Adrian Ruiz e o engenheiro Francesco Masci (Vatican Media)
Monsenhor Lucio Adrian Ruiz e o engenheiro Francesco Masci (Vatican Media)

Reduzir os obstáculos ao acesso à internet

Em particular, foi enfatizado que a colaboração entre diferentes comunidades técnicas e não técnicas é essencial para um sistema de internet seguro e aberto, também graças aos 25 anos de evolução da colaboração entre vários atores institucionais. Entre os exemplos virtuosos, as políticas para reduzir os custos de acesso e promover uma internet unificada e multilíngue adotada pela Índia e por Bangladesh. A inclusão digital, de fato, não pode prescindir da formação da população, que, por meio do ecossistema digital, pode acessar as oportunidades sociais, econômicas e culturais oferecidas pela rede. Também é indispensável a disponibilidade de eletricidade e a redução de impostos sobre as infraestruturas ICT, como mostra Bangladesh e a experiência do Chade.

Rumo a infraestruturas resilientes

A ITU, agência das Nações Unidas especializada em tecnologias de informação e comunicação, reiterou na reunião a importância de apoiar a resiliência das infraestruturas de telecomunicações, crucial durante a pandemia, e do desenvolvimento digital sustentável. Da mesma forma, a IETF, composta por técnicos e especialistas, enfatizou que, em um ecossistema digital que envolve 4 bilhões de atores, as oportunidades de colaboração devem ser aumentadas para evitar implementações técnicas que não sejam padronizáveis e vice-versa, se façam leis que não sejam tecnicamente implementáveis.

Conectar a África

Entre as questões abordadas também estava a do continente africano, onde 63% da população ainda vive off-line e, ressaltou a Uneca - Comissão Econômica da ONU para a África -, 476 milhões de pessoas ainda vivem na pobreza. Nesse sentido, a ICANN reiterou a importância de trabalhar em conjunto para concentrar esforços em objetivos comuns, a fim de apoiar os países africanos no desenvolvimento de políticas, promovendo a diversidade e a inclusão e fornecer a experiência necessária para gerenciar os principais registros de domínios nacionais.

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11 junho 2024, 10:16