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Conheça a carmelita Ana de Jesus, beatificada pelo Papa Francisco

Nascida na Espanha e falecida na Bélgica, em 1582 fundou o único mosteiro que Santa Teresa não fundou pessoalmente. São João da Cruz a chamava de “serafim” e a apreciava muito, dedicando a ela seu comentário ao Cântico Espiritual.

Vatican News

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No decorrer da missa celebrada no Estádio Rei Balduíno de Bruxelas, na Bélgica, o Papa beatificou Ana de Lobera Torres. A nova beata nasceu em Medina del Campo (Castela) em 25 de novembro de 1545, e faleceu em Bruxelas em 4 de março de 1621.

Em 1570, com o nome religioso de Ana de Jesus, foi acolhida por Santa Teresa em Ávila, no primeiro mosteiro da reforma. No mesmo ano, seguiu Teresa para Salamanca, onde professou votos em 22 de outubro de 1571. Conduzida por Santa Teresa para a fundação de Beas, na Andaluzia, foi depois enviada a Granada (1582) para fundar um mosteiro, o único que Santa Teresa não fundou pessoalmente durante sua vida.

São João da Cruz, que a chamava de “serafim” e a apreciava muito, dedicou a ela seu comentário ao Cântico Espiritual. Em 1586, Ana de Jesus fundou um mosteiro em Madri, onde trabalhou na primeira edição das obras de Santa Teresa de Jesus (1588) e enfrentou a primeira luta para defender as Constituições teresianas.

De lá, foi para Salamanca em 1584, onde foi eleita prioresa em 1586.

Em 1604, sob a orientação de Pietro Bérulle, juntamente com a Beata Ana de São Bartolomeu e outras quatro monjas, Ana de Jesus foi para a França, onde fundou os mosteiros de Paris (1604), Pontoise e Dijon (1605).

Algumas divergências com Bérulle, que parecia estar dando uma direção ao Carmelo francês que não correspondia ao ideal de Santa Teresa, e o desejo de ser dirigida pelos Carmelitas Descalços, levaram Ana de Jesus a aceitar o convite dos arquiduques da Bélgica para transferir-se para as Flandres, onde fundou os mosteiros de Bruxelas, Lovaina e Mons (1607).

De volta a Bruxelas, após alguns anos de grandes sofrimentos interiores e físicos, faleceu lá, deixando uma reputação de grande santidade, comprovada também por graças e milagres.

O processo de beatificação foi iniciado logo após sua morte, mas, devido a várias circunstâncias, o reconhecimento das suas virtudes heroicas só ocorreu em 28 de novembro de 2019. Em 14 de dezembro de 2023, o Santo Padre Francisco reconheceu um milagre ocorrido no momento da morte de Ana de Jesus, atribuído à sua intercessão.

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29 setembro 2024, 10:24