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Jovem corea na JMJ Lisboa 2023 Jovem corea na JMJ Lisboa 2023  (AFP or licensors)

As estatísticas da Igreja Católica na Coreia do Sul

Observa-se uma retomada da prática da fé na comunidade católica na Coreia do Sul, embora a situação ainda seja afetada pelas consequências a longo prazo deixadas pela pandemia. Em 2023, o número de novos batizados nas igrejas coreanas foi de 51.307, um aumento de 24% em relação ao ano anterior. Entre os pontos preocupantes, observa-se o declínio do número de sacerdotes, seminaristas e religiosos: há um total de 5.721 membros do clero na Coreia, incluindo 2 cardeais, 40 bispos e 5.679 sacerdotes.

O número de católicos batizados na Igreja Católica na Coreia do Sul, segundo dados de 31 de dezembro de 2023, é de 5.970.675, o que representa 0,3% a mais que em 2022. O dado revela uma retomada no crescimento do número de fiéis, após a queda de 0,1% verificada durante a pandemia. A relação entre católicos e a população total permanece em 11,3%, pelo terceiro ano consecutivo.

Estes são os dados divulgados pelo relatório intitulado “Estatísticas da Igreja Católica coreana 2023”, publicado pela Conferência Episcopal da Coreia do Sul. As estatístidas – publicadas todos os anos após uma pesquisa entre as 16 dioceses, ordens religiosas e organizações eclesiais de todo o país – traçam um panorama, bem como as tendências da vida de fé na península.

Segundo uma análise abrangente, observa-se uma retomada da prática da fé na comunidade católica na Coreia do Sul, embora a situação ainda seja afetada pelas consequências a longo prazo deixadas pela pandemia. Em 2023, o número de novos batizados nas igrejas coreanas foi de 51.307, um aumento de 24% em relação ao ano anterior. Os batismos são divididos em três tipos: recém-nascidos (25%), adultos (67,3%) e moribundos (7,7%).

A participação na Missa dominical está sendo retomada lentamente, conclui o relatório. A presença de fiéis – indicador considerado significativo – era, segundo a média anual, de 13,5%, com um aumento de 1,7% em relação a 2022. Em 2019, antes do início da pandemia, situava-se nos 18,3% e portanto, apesar da recuperação, ainda não retornou aos níveis pré-pandemia.

Entre os pontos preocupantes, observa-se o declínio do número de sacerdotes, seminaristas e religiosos: há um total de 5.721 membros do clero na Coreia, incluindo 2 cardeais, 40 bispos e 5.679 sacerdotes.

O número de novos sacerdotes que receberam o Sacramento da Ordem em 2023 foi de 75, o que corresponde a 21 ordenações a menos do que em 2022, e não houve novos sacerdotes nas dioceses de Andong e Jeonju. Depois, há 175 ordens religiosas na Igreja coreana, com 11.473 pessoas, incluindo homens e mulheres consagrados. O número de consagrados do sexo masculino diminuiu 34 unidades em relação ao ano passado, enquanto o de religiosas diminuiu 69 unidades.

Os indicadores confirmam que a baixa natalidade e o fenômeno do envelhecimento – problemas presentes e amplamente discutidos na sociedade coreana – também tem um reflexo na Igreja. Os fiéis com menos de 19 anos são 6,7%, enquanto os fiéis com mais de 65 anos representam 26,1% do total.

Observa-se, depois, o fenômeno da concentração na área metropolitana, que afeta também a composição das comunidades católicas: o número de fiéis nas dioceses da área metropolitana (Seul, Suwon, Incheon, Uijeongbu) é igual a 55,9% do total número de fiéis coreanos.

Ao comentar os dados, o Instituto Coreano de Pesquisa Pastoral Católica afirmou que, “no geral, é claro que as atividades sacramentais da Igreja estão em fase de recuperação, mas para os fiéis, após o choque causado pela pandemia, o retorno à Igreja ainda é difícil. O problema será resolvido com o tempo, mas requer esforços ativos das comunidades locais."

*Agência Fides

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03 maio 2024, 08:09