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Reforma litúrgica: participação ativa dos fiéis - parte I

"Para promover a participação ativa, cuide-se de incentivar as aclamações dos fiéis, as respostas, a salmodia, as antífonas, os cânticos, bem como as ações, gestos e atitudes. Seja também observado, a seu tempo, o silêncio sagrado", diz o n 30 da Constituição Sacrossanctum Concilium

Jackson Erpen – Cidade do Vaticano

No nosso espaço Memória Histórica – 50 anos do Concílio Vaticano II, vamos continuar a tratar na edição de hoje sobre a reforma litúrgica.

“Cristo, o grande sacrifício na Eucaristia” foi o tema abordado em nosso último programa.

Já neste primeiro programa do ano de 2018, Padre Gerson Schmidt nos apresenta outro aspecto da reforma litúrgica do Concílio Vaticano II, que é a participação ativa dos fiéis na celebração. Vamos ouvir sua reflexão:

“Um dos aspectos importante da reforma litúrgica do concilio Vaticano II é a participação ativa dos fiéis. Para entender bem esse aspecto, acentuado por diversas vezes na Constituição Sacrosanctum Concilium.

Os bispos brasileiros, que tiveram participação no Concilio Vaticano II, apontam que essa participação ativa dos fiéis foi uma das grandes bandeiras firmemente levantadas pelo episcopado brasileiro, por ocasião dos debates nas sessões de aprovação do documento da reforma litúrgica.

A permissão do uso da língua vernácula já trouxe a possibilidade dessa participação mais ativa e consciente, a renovação dos ritos, aclamações e cantos. São inúmeros os textos da Sacrosanctum Concilium que falam dessa participação ativa, inclusive com o título em destaque: “PARTICIPAÇÃO ATIVA DOS FIÉIS”, mais de uma vez no documento.

Já falamos aqui do número 48 que afirma: “Por isso, a Igreja procura, solícita e cuidadosa, que os cristãos não assistam a este mistério de fé como estranhos ou expectadores mudos, mas participem na ação sagrada, consciente, piedosa e ativamente, por meio de uma boa compreensão dos ritos e orações; sejam instruídos na palavra de Deus”. Ou seja: participação da missa consciente, piedosa e ativamente.

Por isso, nós não vamos “assistir” a missa como era a expressão até então, usada antes do concilio, como se a gente fosse a um cinema ou a um teatro muito bem montado. Precisamos participar de maneira consciente, mesmo no silêncio. Também quem celebra não é somente o sacerdote. Somos todos nós.

Por isso é incorreto, na motivação inicial da Santa Missa, o animador dizer: “Vamos receber o celebrante”. O padre não é somente ele o celebrante. Todos celebramos. O sacerdote é o celebrante principal ou o presidente da celebração. É correto dizer simplesmente: “Vamos receber a procissão de entrada com o canto...”.

Nesse prisma, o número 30 e 31 da SC afirma, tendo como título desses dois artigos - “Participação ativa dos fiéis”: 30. Para promover a participação ativa, cuide-se de incentivar as aclamações dos fiéis, as respostas, a salmodia, as antífonas, os cânticos, bem como as ações, gestos e atitudes. Seja também observado, a seu tempo, o silêncio sagrado. 31. Na revisão dos livros litúrgicos, procure-se que as rubricas prevejam também as partes dos fiéis”.

Participação dos fiéis - Parte I

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03 janeiro 2018, 08:33