Igreja aponta irregularidades na segunda votação de Marromeu
Hermínio José – Maputo, Moçambique
No comunicado, os prelados apelam ao respeito pela dignidade do povo, em virtude das irregularidades havidas nas útimas eleições autárquicas de 10 de outubro em todo o País, mas com particularide na votação da segunda volta na vila autárquica de Marromeu, em Sofala, que viu seus resultados anulados pelo Conselho Constitucional, devido a irregularidades consideradas graves e insanáveis registadas em oito mesas de votação naquela autarquia.
Igreja aponta piores arbitrariedades na votação
Segundo o comunicado da Comissão Episcopal de Justiça e Paz, a repetição da votação em Marromeu, realizada no dia 22 de Novembro findo, não repôs a credibilidade do processo eleitoral, tendo resultado em piores arbitrariedades que incluíam a falta de produção de editais nas mesas de votação, forja de editais sem presença da Renamo e MDM, dois dos três partidos políticos concorrentes.
Estas irregularidades, avança o comunicado citando o Centro de Integridade Pública, Orgnização Não-Governamental moçambicana, manifestam um claro desacato à decisão do Conselho Constitucional de retomar as eleições em moldes claros e transparentes.
EUA qualificam as irregularidades de graves
Entretanto, a Embaixada dos Estados Unidos da América em Maputo, formulou nesta terça-feira um pedido às autoridades moçambicanas para que resolvam as irregularidades graves registadas na segunda volta da votação em Marromeu. A diplomacia norte americana pede que se reponha a justiça e transparência, quando falta apenas um ano para as eleições presidenciais e legislativas de 2019.
CNE dá vitória à FRELIMO
A Comissão Nacional de Eleições (CNE) anunciou há dias em Maputo que o apuramento geral dos resultados da eleição autárquica na vila de Marromeu, centro de Moçambique, dá uma vitória à FRELIMO com 45.78% dos votos, contra 45.53% da RENAMO. O MDM obteve 8.69% dos votos.
No que tange à distribuição de mandatos na Assembleia Municipal há um empate técnico entre a FRELIMO e a RENAMO com oito (8) membros cada um, cabendo ao Movimento Democrático de Moçambique (MDM) um (1) assento.
Órgãos eleitorais desvalorizam as irregularidades eleitorais
A deliberação foi apresentada numa cerimónia pública pelo presidente da CNE, Abdul Carimo, que qualificou "o decurso do processo de votação como livre, tranquilo e de justiça, salvo ocorrência de alguns incidentes de pouca expressão que foram sendo reportados, mas que tiveram o devido tratamento com vista a sua solução imediata e pronta por parte dos órgãos de gestão eleitoral".
De referir que, depois de proclamados os resultados eleitorais da segunda volta da votação na Vila Autárquica de Marromeu, cabe ao Conselho Constitucional proceder com a sua validação.
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