Moçambique: Maputo a cidade mais cara do ano em 2018
Hermínio José – Maputo, Moçambique
Geralmente, quando se aproxima e durante a quadra festiva, os preços dos produtos registam alterações consideráveis, diferenciando-se de contexto para contexto, de cidade para cidade. E neste ano não foi diferente.
Apesar de ter registado a inflação mais baixa entre as províncias analisadas (na ordem de 0,01% em Novembro), a Cidade de Maputo destacou-se como a mais cara de janeiro a novembro do ano transacto (com uma inflação de 4,11%), de acordo com estatísticas do Instituto Nacional de Estatística (INE).
Depois de Maputo estão as cidades da Beira e Nampula
A seguir à Cidade de Maputo, perfilam no topo três dos três centros de recolha que servem de referência para a inflação do País, a cidade da Beira que registou uma inflação acumulada de 3,o3%, e por último a Cidade de Nampula com 1,28% de inflação acumulada durante 11 meses do ano.
População mais carenciada e alto custo de vida
Ao mesmo tempo que as cidades ficam mais caras com o passar dos meses, acelera também o custo de vida para a população mais carenciada, que se vê cada vez mais incapaz, por exemplo, de adquirir produtos essenciais para a sua sobrevivência.
De janeiro a novembro de 2018, os moçambicanos viram as “divisões de transportes, restaurantes, hotéis, cafés e similares contribuíram com cerca de 1,90pp e 0,66pp positivos, respectivamente” para o avolumar-se do custo de vida nas cidades, diz o INE, citado pelo O País.
Saúde, transportes e alimentação particularmente atingidas
Relativamente a igual período do ano anterior, o País registou uma subida de preços na ordem de 4,27%. As divisões de Saúde e de Transportes destacaram-se ao variar com cerca de 12,63% e 11,72%.
Os dados recolhidos nas Cidades de Maputo, Beira e Nampula ao longo do mês de novembro, indicam que o País registou uma subida do nível geral de preços, face ao mês anterior, na ordem de 0,27%.
De forma detalhada, destaca-se a subida dos preços do “Tomate (8,5%), do Peixe fresco (1,9%), das Refeições fora de casa (0,6%), do Coco (7,3%), das Camisas ou blusas para senhoras (6,2%), do Detergente em pó (0,1%) e do Arroz em grão (1,4%) que, em conjunto, concorreram para uma contribuição no total da inflação mensal de cerca de 0,30pp positivos”, diz o Instituto Nacional de Estatística (INE).
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