Zimbabwe. Bispos: "Reconstruamos a esperança por um futuro melhor"
Cidade do Vaticano
Em novembro de 2017, uma decisão militar depôs o ex-presidente Robert Mugabe. Desde então, o País é governado por Emmerson Mnangagwa, que havia assumido o cargo de Chefe de Estado interino após a demissão de Mugabe para depois ser eleito nas eleições de 30 de julho de 2018.
As causas da crise no País
A campanha eleitoral e o período sucessivo à votação têm sido marcados por tensões e violência, como recordam os Bispos, que se dizem preocupados com o "ressurgimento da polarização política e social antes, durante e depois da disputada eleição nacional realizada em 30 de julho de 2018, que culminou na violenta agitação de 1 de agosto de 2018, durante a qual pelo menos 6 civis foram mortos, muitos outros feridos e várias propriedades ficaram destruídas”.
Tristeza e preocupação
Os prelados afirmam que "estão a assistir com tristeza e preocupação a dissolução da esperança por uma nação unida e um futuro promissor, quando os nossos políticos não acolheram a unidade tangível e a boa vontade que reinava entre os zimbabweanos durante e imediatamente depois dos eventos políticos de novembro de 2017.
Grave situação económica
"Também assistimos - continua o documento - à reacção fragmentada e instintiva do governo ao agravamento da situação económica, exemplificado pela imposição unilateral da taxa de 2% sobre o principal sistema de transferência usado no País e o forte aumento nos preços do combustível de 12 de janeiro de 2019, que é a causa directa das manifestações violentas e das revoltas que levaram ao encerramento completo das principais cidades e centros comerciais rurais do Zimbabwe”.
Reivindicação dos direitos deve ser pacífica e não violenta
Os Bispos concluem a Carta com um apelo ao governo para que "desista da pesada repressão da dissensão e da negação do direito da população de exprimir as suas queixas, incluindo o bloqueio aos social media imposto em 15 de janeiro", para que os cidadãos "reivindiquem os direitos constitucionais" demaneira pacífica e não violenta" - (Agência Fides).
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