Encerrou em Viana, Angola, o I Congresso Nacional do Clero da CEAST
Anastácio Sasembele – Luanda, Angola
Perto de 500 sacerdotes, entre Cardeais, Arcebispos, Bispos, e Religiosos em geral, reflectiram entre vários assuntos em torno da problemática das formas de sustentabilidade dos Padres angolanos e santomenses que pode ser resolvida, a partir do próximo mês de outubro, com a aprovação de um documento de orientação para este fim.
O documento, que se vai designar “Instituto de Sustentação do Clero”, contará com todos os pormenores orientadores para a garantia da renda dos Sacerdotes, a partir dos próprios Padres, quer os que colaboram na função pública, quer os do sector privado, bem como a forma de participação dos fiéis baptizados.
Sacerdotes próximos dos mais esquecidos e ignorados
A reconstrução identitária no ser e no agir é outro desafio fundamental que se coloca hoje ao sacerdote, disse na missa de encerramento do Congresso, o presidente da CEAST, Dom Filomeno do Nascimento Vieira Dias que chamou a atenção dos sacerdotes para a necessidade de estarem próximos dos mais esquecidos e ignorados em todas as situações;
Autosustentabilidade das Igrejas seja uma realidade
Os congressistas, no seu comunicado final, apelaram ao sacerdote a saber fazer render os bens que lhe são confiados, para que a auto-sustentabilidade das igrejas seja uma realidade. Os Sacerdotes, pertencentes a todas as arquidioceses e dioceses da CEAST concluíram também que o Padre tem de saber viver modestamente e ser solidário com os mais pobres, assim como deve conhecer a realidade socioeconómica da comunidade que serve e evangeliza. Os sacerdotes que participaram do congresso mostraram-se mais renovados para os próximos desafios.
Formação contínua dos Sacerdotes
Os delegados e conferencistas ao I Congresso do Clero, desde que Angola e São Tomé foram evangelizados, há mais de 500 anos, apelaram à necessidade da formação contínua dos sacerdotes, principalmente com um acompanhamento aos recém-ordenados, doentes e idosos.
Maria de Jesus, Ministra angolana da Cultura, presente na Missa de encerramento, destacou a importância do evento e encorajou os Sacerdotes a prosseguirem com a missão de pacificação dos espíritos para maior moralização da sociedade.
Homenagem aos Bispos e Padres mais antigos da CEAST
Nos instantes finais da celebração, a Comissão Episcopal do Clero homenageou os Bispos e Padres mais antigos da CEAST, com destaque para o cardeal D. Alexandre do Nascimento, que tem mais de 50 anos de sacerdócio, e D. Zacarias Kamuenho, com 58 anos.
Foram igualmente homenageados D. Francisco da Mata Mourisca, que tem igualmente 58 anos de sacerdócio e por ser o Bispo mais velho do episcopado (50 anos), e mais de duas dezenas de Padres com mais de 50 e 25 anos de sacerdócio, respectivamente.
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