“Sínodo foi um marco histórico, deu visibilidade ao grito da Amazónia”
Dulce Araújo – Cidade do Vaticano
Numa ampla entrevista concedida à Rádio Vaticano, D. Teodoro Mendes Tavares, missionário espiritano, referiu-se à longa história que o levou do arquipélago de Cabo Verde, sua terra natal, ao arquipélago do Marajó, na amazónia brasileira.
Para D. Teodoro, o Sínodo que agora terminou é um marco histórico pois pela primeira vez o Papa Francisco conseguiu trazer para as atenções do mundo as realidades da região, e sobretudo deu visibilidade, voz e rosto ao grito dos povos, da terra e do ambiente da Amazónia.
As quatro dimensões do Sínodo
O prelado mencionou em seguida as quatro dimensões em que o Sínodo se articulou (social, cultural, ecológica e pastoral), com destaque para a dimensão pastoral, que pressupõe e inclui todas as outras.
Conversão e expectativas
Outro tema transversal e omnipresente é o da conversão, sublinhou ainda D. Teodoro, uma conversão integral, pastoral, cultural, ecológica, sinodal: “todos temos de nos converter, pois ninguém está completamente convertido”, observou o prelado, que também se referiu à grande expectativa das pessoas que aguardam resultados favoráveis para a acção pastoral na diocese e na Amazónia, mas também na Igreja universal, na sociedade e no mundo.
Cooperação sul-sul para a evangelização
E o bispo de Ponta de Pedras terminou lançando um desafio: pensar numa partilha daquilo que temos, tanto bens materiais como espirituais, por exemplo na redistribuição do clero, numa espécie de “cooperação sul-sul” para o anúcio do Evangelho a toda a humanidade.
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