Mons. Ignatius Ayau Kaigama Mons. Ignatius Ayau Kaigama 

Nigéria – Arcebispo de Abuja recomenda proximidade ao povo

Na Nigéria, Dom Ignatius Kaigama tomou posse no passado dia 5 como Arcebispo de Abuja. Nessa ocasião recomendou aos líderes do país que não se afastem das gentes, pois há uma tendência a evitar estar próximo das pessoas e a não conhecer, portanto, os seus sofrimentos.

Dulce Araújo - Cidade do Vaticano 

“É preciso evitar – disse o arcebispo -  a tendência dos líderes a circundar-se de adidos de segurança dotados de armas e de cães de defesa, tornando-se assim inacessíveis e insensíveis às necessidades das pessoas comuns. Devem, pelo contrário – segundo o arcebispo – garantir que aos pobres, às crianças, aos adolescentes, aos jovens, às viúvas, aos órfãos, aos habitantes das periferias não fiquem sem as necessárias facilitações sociais e não sejam tratados com a devida justiça. D. Kaigama  denunciou também o facto de alguns líderes se encerrarem em escritórios com ar condicionado e viagem em jets e helicópteros, para evitar as estradas em condições deploráveis por falta de manutenção ou porque mal construídas.

D. Kaigama chamou ainda a atenção dos responsáveis políticos  para as condições dos jovens, que representam a maior parte da população da Arquidiocese de Abuja e de toda a Nigéria.

“Hei-de rezar com os nossos políticos e hei-de dialogar com eles sobre a forma de ajudar os nossos jovens. Continuarei a sublinhar a necessidade de proteger a vida e as propriedades de todos os nigerianos e de dar trabalho à nossa juventude, admoestando-a a fim de que evite cair nas ratoeiras dos conflitos étnicos, religiosos e políticos, da violência, e de outras práticas anti-sociais” – sublinhou.

O meu deve é espiritual e pastoral

D. Kaigama condenou igualmente o modo como alguns líderes religiosos apregoam a prosperidade e ostentam a riqueza no meio da pobreza que atinge grande parte da população nigeriana. “Não é possível ver a minha posição de arcebispo de Abuja em termos de elevação e promoção mundana, e mesmo de a confrontar com a posição de um senador ou de um Ministro potente e rico. O meu deve é espiritual e pastoral”  - disse.

O novo arcebispo de Abuja agradeceu ao Presidente Muhamadu Burrari e o Vice-presidente, Professor  Yemi Osibanjo, pelas mensagens de bom trabalho no seu novo encargo – noticiou no dia 11 a  Agencia Fides.

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12 dezembro 2019, 19:10