Angola. Bispos: notável o papel da Igreja no País em 53 anos da CEAST
Anastácio Sasembele – Luanda, Angola
“Uma CEAST mais conhecida pelos fiéis, tanto na sua acção como na sua intervenção”, é o que se pretende nos dias de hoje, disse o porta-voz da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé, D. Belmiro Chissengueti, nesta quarta-feira 15 de abril, data deliberada na última plenária dos bispos angolanos e realizada no Santuário da Muxima, como sendo o dia de celebração anual desta assembleia da hierarquia eclesiástica de Angola e São Tomé.
Este ano, Infelizmente a presente circunstância da pandemia da Covid-19 não permitiu a organização das celebrações a nível das dioceses.
Reforçar compromisso na transmissão da fé e colaboração com o Estado
“A celebração destes 53 anos é um momento de reforçarmos o nosso compromisso na transmissão da fé e colaborarmos com o Estado naquelas frentes que são urgentes e estruturantes numa Nação, nomeadamente a saúde, educação e o lado da formação humana” referiu o prelado.
Recordamos a seguir os pronunciamentos do actual presidente da CEAST, D. Filomeno do Nascimento Vieira Dias, que falava durante um encontro, que em 2018 marcou o jubileu dos 50 anos da CEAST.
Concílio Vaticano II e constituição de Conferências
Na nota introdutória, D. Filomeno Vieira Dias lembrou que, a partir do Concílio Vaticano II, em 1966, foi ordenada a constituição de Conferências episcopais nas áreas onde não havia, tornando-se em órgãos dos Bispos para o intercâmbio de opiniões em torno da Igreja Católica como bem comum.
As Conferências episcopais, de acordo com D. Filomeno Vieira Dias, “tornaram-se nestes anos uma realidade concreta, viva e eficaz em todas as partes do mundo”.
O também arcebispo de Luanda acentuou que a constituição da hierarquia eclesiástica em Angola data de 1940 e, em 1956, o Vaticano sugeriu a ideia de realização de reuniões conjuntas dos Bispos de Angola e de Moçambique, de dois em dois anos, alternadamente, em Lourenço Marques, actual Maputo, e em Luanda.
Diferenças sócio-culturais entre as duas então províncias ultramarinas motivaram um desmembramento efectivo com a criação, em cada território, da respectiva Conferência episcopal.
A Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST), lembrou D. Filomeno Vieira Lopes, foi elevada a 15 de Abril de 1967, tornando-se uma assembleia da hierarquia eclesiástica das então províncias ultramarinas de Angola e São Tomé.
Trabalho da CEAST digno de nota durante a guerra civil
Já D. Francisco de Mata Mourista, Bispo emérito do Uíje, recordou que a CEAST desempenhou um “trabalho digno de nota”, principalmente durante a guerra civil, com as “suas observações e apelos à paz”.
A Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST) tem 20 dioceses (Cabinda, Mbanza Kongo, Uige, Dundo, Caxito, Luanda, Viana, Saurimo, Lwena, Kuito – Bié, Sumbe, Benguela, Huambo, Lubango, Menongue, Ondjiva, Malanje, Ndalatando, Namibe e São Tomé).
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