Angola. Covid-19: Crescem os casos positivos, autoridades iniciam testagens em massa
Anastácio Sasembele – Luanda, Angola
O Governo angolano decretou igualmente a continuação da cerca sanitária na capital do País, Luanda, até ao dia nove de agosto deste ano, e imposição semelhante para o município do Cazengo, na província do Kwanza Norte, a partir de 9 de julho.
Nessa conformidade, as duas localidades, únicas com casos positivos até ao momento, estarão submetidas a um conjunto de regras contidas em 15 pontos, com destaque para a obrigatoriedade do uso de máscara facial na via pública, assim como o recolhimento domiciliar, podendo a pessoa em causa sair só para questões necessárias e inadiáveis.
Redução da força de trabalho do Serviço Público para 50%, funcionando das 08h00 às 15h00. Nestas localidades continuam suspensas as actividades religiosas, enquanto as cerimónias fúnebres ficam condicionadas a um número máximo de 10 participantes para as mortes por motivos “extra-covid-19” (óbitos normais) e 5 pessoas para os funerais de falecidos com o novo Coronavírus.
A estas medidas junta-se a campanha de testagem em massa, iniciada nesta quarta-feira (08/07), em lugares de grandes aglomerações populacionais como é o caso dos chamados “mercados informais”, na capital Luanda, epicentro da pandemia.
A ministra angolana da saúde, Sílvia Lutucuta, disse que estas testagens fazem parte de um programa do governo de Luanda e do seu Ministério, nos lugares de grande concentração onde pode haver mais facilidade para transmissão da doença.
A governante avançou que se trata de um teste serológico rápido validado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Até ao fecho desta matéria o País registava 396 infectados dos quais 257 activos, 101 casos sem vínculo epidemiológico, 117 recuperados e 22 óbitos.
O arcebispo do Huambo, D. Zeferino Zeca Martins, renovou o seu pedido de oração pelas vítimas da Covid-19 e os seus familiares e recordou o engajamento dos profissionais e dos governantes na luta contra a pandemia no País.
Já o arcebispo de Malanje reprovou a organização de festas e aglomeração de pessoas em pleno estado de calamidade e falou sobre o consumo abusivo de bebidas alcoólicas que na sua óptica podem estimular o desrespeito às normas de prevenção e combate ao novo Coranavirus.
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