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Fugindo da violência dos ataques em Cabo Delgado (norte de Moçambique) Fugindo da violência dos ataques em Cabo Delgado (norte de Moçambique) 

Moçambique: União Europeia vai apoiar combate ao terrorismo no norte do País

A União Europeia (UE) vai prestar assistência a Moçambique no combate a grupos armados classificados como terroristas em Cabo Delgado, na sequência de um pedido de apoio do Governo de Maputo, confirmou esta sexta-feira (9/10), em Maputo, o Embaixador da UE Antonio Sánchez-Benedito Gaspar, acrescentando que os "pedidos feitos à UE receberam uma resposta positiva e agora temos de trabalhar nas diferentes questões que foram colocadas".

Hermínio José – Maputo, Moçambique

A 16 de setembro, a Ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de Moçambique, Verónica Macamo, escreveu um ofício ao Alto Representante da UE para a Política Externa, Josep Borrell, pedindo apoio na logística e no treino especializado das forças governamentais para travar as incursões armadas de grupos classificados como terroristas em Cabo Delgado.

Fortalecer capacidades das forças governamentais

O Embaixador Antonio Sánchez-Benedito Gaspar explicou que a ideia é fortalecer as capacidades de resposta de Moçambique. Esclarecendo, no entanto, que "não está na agenda a vinda de militares europeus ao País".

Bispos classificam a violencia de “verdadeira barbárie”

Entretanto, a Conferência Episcopal de Moçambique (CEM) classifica  a violência armada e a crise humanitária em Cabo Delgado de verdadeira barbárie. O Porta-Voz da CEM, D. João Carlos, refere no entanto que a Igreja Católica manifesta solidariedade e proximidade para com as vítimas do terrorismo naquela região nortenha de Moçambique.

D. João Carlos apela à sensibilidade dos fiéis

Dom João Carlos, que é igualmente Bispo de Chimoio, na Província central de Manica, apela aos fiéis para que sejam sensíveis e solidários à situação penosa e desastrosa de Cabo Delgado.

De salientar que a Província de Cabo Delgado, norte de Moçambique, é palco há três anos de ataques armados desencadeados por forças classificadas como terroristas. A violência provocou uma crise humanitária com cerca de dois mil mortos e mais de 300 mil deslocados internos.

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12 outubro 2020, 09:29