Moçambique: União Europeia vai apoiar combate ao terrorismo no norte do País
Hermínio José – Maputo, Moçambique
A 16 de setembro, a Ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de Moçambique, Verónica Macamo, escreveu um ofício ao Alto Representante da UE para a Política Externa, Josep Borrell, pedindo apoio na logística e no treino especializado das forças governamentais para travar as incursões armadas de grupos classificados como terroristas em Cabo Delgado.
Fortalecer capacidades das forças governamentais
O Embaixador Antonio Sánchez-Benedito Gaspar explicou que a ideia é fortalecer as capacidades de resposta de Moçambique. Esclarecendo, no entanto, que "não está na agenda a vinda de militares europeus ao País".
Bispos classificam a violencia de “verdadeira barbárie”
Entretanto, a Conferência Episcopal de Moçambique (CEM) classifica a violência armada e a crise humanitária em Cabo Delgado de verdadeira barbárie. O Porta-Voz da CEM, D. João Carlos, refere no entanto que a Igreja Católica manifesta solidariedade e proximidade para com as vítimas do terrorismo naquela região nortenha de Moçambique.
D. João Carlos apela à sensibilidade dos fiéis
Dom João Carlos, que é igualmente Bispo de Chimoio, na Província central de Manica, apela aos fiéis para que sejam sensíveis e solidários à situação penosa e desastrosa de Cabo Delgado.
De salientar que a Província de Cabo Delgado, norte de Moçambique, é palco há três anos de ataques armados desencadeados por forças classificadas como terroristas. A violência provocou uma crise humanitária com cerca de dois mil mortos e mais de 300 mil deslocados internos.
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