Visita de solidariedade da SACBC a Cabo Delgado
Dulce Araújo/Sheila Pires
Uma delegação da SACBC (Conferência Episcopal da África Austral) esteve de 2 a 4 do corrente mês na Diocese de Pemba, no Norte de Moçambique, para constatar in loco a situação de guerra que se vive em Cabo Delgado desde há três anos. Composta por quarto pessoas (dois bispos, uma religiosa e um leigo), a delegação visitou um grupo de deslocados no Distrito de Muidumbe e, juntamente com representantes da Cáritas, foram aos acampamentos para a distribuição de alimentos. No final da visita, falaram aos jornalistas numa conferência de imprensa.
Sheila Pires, da Rádio Veritas, em Joanesburgo, entrevistou telefonicamente o P. Edegard Silva Junior, Pároco de Muidumbe, Diocese de Pemba, que acompanhou in loco os visitantes. Nessa ampla entrevista ele narra as características e etapas dessa guerra terrorista, as destruições materiais que tem provocado, mas sobretudo a perda de vidas humanas. Ele sublinha também a necessidade de explicações sobre a origem desse conflito, mas sobretudo de se pôr termo a essa calamidade. Apela a orações pela paz no país, a dar a conhecer amplamente essa triste situação e a ajudar na reconstrução humana e material de Cabo Delgado.
Acompanhe a entrevista
A Delegação que se deslocou a Moçambique era formada por D. Victor Phalana, Bispo de Klerksdorp (Árica do Sul) responsável pela Comissão Nacional Justiça e Paz, por D. José Luís Ponce de León, Bispo de Manzini (eSwatini, ex-Swazilândia), pela a Irmã Tshifhiwa Munzhedzi, recém-nomeada Secretária Geral da SACBC, e por Johan Viljoen, Diretor do Instituto para a Paz Denis Hurley (DHPI), órgão da SACBC para a promoção da paz, da democracia e dos direitos humanos em África.
A Delegação foi recebida pelo Bispo de Pemba, D. Luiz Fernando Lisboa e pelo Arcebispo de Nampula, D. Inácio Saure e foi acompanhada, nas diversas visitas, também pelo Pároco de Muidumbe, pelo Sr. Manuel Nota, Director da Cáritas de Pemba, e pela Sra. Betinha Ribeiro, gestora de projetos da Cáritas.
Em depoimento recolhido por Sheila Pires, D. Luís Fernando Lisboa agradece esse sinal de comunhão e solidariedade em relação a esse problema que – afirma – não é só de Moçambique, mas de toda a Igreja, chamada a ser samaritana. O que mais precisam – diz – é de orações, mas acena também à campanha de soliriedade nacional e internacional que lançaram a favor das populações vítimas do conflito em Cabo Delgado.
Eis as suas palavras:
Também D. Inácio Saure, Arcebispo de Nampula, região igualmente afectada pelo conflito terrorista definiu essa visita um encorajamento ao esforço que levam a cabo para enfrentar essa difícil situação. Apela à continuação da comunhão na oração e à solidariedade.
Cabo Delgado quer paz - é a mensagem que fica. E conta com a sua oração e ajuda.
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