África. Foi apresentado o “Documento de Kampala”, por ocasião dos 50 anos do SECAM
Cidade do Vaticano
Chama-se “Documento de Kampala” e é o texto conclusivo do Jubileu do SECAM, celebrado de julho de 2018 a julho de 2019, por ocasião do 50º aniversário de fundação da instituição. O documento - informa a agência Aci Africa – foi apresentado publicamente nesta quinta-feira, 21 de janeiro, com um evento virtual que teve lugar às 9h30 no Burkina Faso e no Gana e às 11h30 na África do Sul e Moçambique. A referência a Kampala, capital do Uganda, deve-se ao facto de ser precisamente nesta cidade que se realizaram as celebrações conclusivas do jubileu, de 19 a 29 de julho de 2019.
«O Documento - afirmou na ocasião o presidente do SECAM, Cardeal Philippe Ouédraogo - servirá para manter vivo o ímpeto do Jubileu e ajudará o povo de Deus em África a aprofundar o conhecimento de Cristo nosso Salvador e a torná-lo conhecido como o caminho, verdade e vida”. Fez-lhe eco o secretário-geral do SECAM, Padre Terwase Henry Akaabiam, sublinhando que “o Documento será dirigido a todos os filhos e filhas de África e suas ilhas, bem como aos homens e mulheres de boa vontade quem vivem noutras partes”. “Todos os membros da Igreja-Família de Deus no continente africano - acrescentou - se sentirão orgulhosos pelo documento”.
Evento aberto por oração pela unidade dos cristãos
Em Burkina Faso, País do Cardeal Ouédraogo, Arcebispo de Ouagadougou, a apresentação do texto será seguida por cerca de 150 pessoas, em estrito cumprimento das normas anticovid: os responsáveis pelas comunicações sociais, os vigários-gerais diocesanos, os párocos e seus delegados, os media nacionais e os da Igreja. Está também previsto o convite de representantes administrativos e políticos, bem como de outras confissões e religiões, como os protestantes e muçulmanos. O evento virtual será aberto com um momento de oração pela unidade dos cristãos, já que até 25 de janeiro está em andamento a tradicional Semana dedicada a este tema. Em seguida, o Cardeal Ouédraogo ilustrará o documento. A apresentação será transmitida ao vivo pela Rádio Maria, nas redes sociais e na plataforma Zoom. Uma vez apresentado oficialmente, o "Documento de Kampala" será confiado aos bispos e sacerdotes africanos, para que o difundam entre os fiéis.
SECAM inaugurado por S. Paulo VI em 1969
Pensado pelos bispos africanos já durante o Concílio Vaticano II, o SECAM foi oficialmente inaugurado em 29 de julho de 1969 na Catedral de Lubaga, na Uganda, durante a primeira reunião plenária dos prelados do Continente. O encontro foi encerrado pelo Papa Paulo VI, que naqueles dias estava em visita a Uganda, o primeiro pontífice a ir à África. O Jubileu do SECAM teve como tema "Igreja-Família de Deus em África, celebra o teu Jubileu! Proclamai Jesus Cristo, o vosso Salvador", em consonância com as Assembleias Especiais para a África do Sínodo dos Bispos, realizadas em Roma em 1994 e 2009, e concluídas com a publicação das exortações apostólicas pós-sinodais “Ecclesia in Africa” de São João Paulo II e “Africae Munus” do Papa Bento XVI.
SECAM “precioso serviço” ao Continente
Recorde-se que, por ocasião do Jubileu, em julho de 2019, o Papa Francisco enviou uma mensagem ao SECAM, assinada pelo Secretário de Estado, Cardeal Pietro Parolin, na qual recordava o "precioso serviço" prestado por aquele organismo episcopal para as Igrejas africanas em “levar ajuda a todo o Continente”, destacando também a “comunhão fraterna” que caracterizou os seus 50 anos de actividade.
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