O cinema, um reduto de resistência para a Guiné-Bissau
Dulce Araújo – Cidade do Vaticano
Teve lugar sexta-feira, 15, na capital guineense, a primeira edição do “Bissau Filme Meeting”, organizado pela promotora cultural “KalmaSoul Guiné-Bissau” e pelo Centro Cultural Brasileiro, em Bissau. Foi nos locais deste último que decorreu o evento.
Os participantes puderam assistir à projecção de seis filmes, quatro do actor e realizador guineense, Welket Bungué, e os restantes de duas realizadoras convidadas: “Tradição e Imaginação” de Vanessa Fernandes, nascida em Bissau e residente em Portugal; e “Regulado” de Filipa César, cineasta portuguesa residente em Berlim e que faz pesquisas sobre cinema e Movimento de Libertação na Guiné-Bissau…
Durante o encontro foi estreado o mais recente filme de Welket Bungué, “Cacheu Cuntum” sobre questões relacionadas com a memória da escravatura e a Guiné-Bissau de hoje.
Contactado telefonicamente em Bissau, este actor e realizador já com um percurso significativo nestes dois ramos de actividade cinematográfica, falou das razões por que faz cinema, dos sonhos que tem para com a Guiné-Bissau neste domínio e manifestou gratidão pela forma como a sua arte foi acolhida neste primeiro “Bissau Filme Meeting” que o deixou satisfeito:
Nascido na Guiné-Bissau em 1988, Welket Bungué cresceu em Portugal, onde se licenciou em teatro. Estudou também no Brasil e vive actualmente em Berlim. Trabalha nas artes cénicas há mais de uma década e já participou em diversos filmes, séries televisivas e peças teatrais. É vencedor de alguns galardões, entre os quais o "Cavalo de Bronze" prémio de melhor actor principal pela sua interpretação no filme “Berlin Alexanderpiatz”, de Burhan Qurbani, em 2020.
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