Seca e fome estão a provocar separações de muitas famílias, na região Sul de Angola
Anastácio Sasembele – Luanda, Angola
A gritante irregularidade de chuvas na região Sul de Angola faz soar os alarmes quanto às perspectivas agrícolas da época 2020/2021, numa altura em que as consequências da seca dos últimos anos são ainda uma realidade.
Outubro, Novembro e Dezembro de 2020 e Janeiro de 2021, meses determinantes para a designada primeira época agrícola, pouco choveu e neste momento em algumas zonas do Sul de Angola chegam relatos de situações difíceis de acesso à água, como consequência imediata a fome entre as populações e a morte dos animais.
“De todas de que há memória a presente estiagem pode provocar consequências catastróficas pelo facto de encontrar a população já muito vulnerável dado a carência de vida”, alerta o Padre Jacinto Pio Wacussanga, superior da Missão de Santo António dos Gambos, na província da Huila, uma das zonas mais fustigadas pela seca.
Conhecedor dos problemas das populações rurais do Sul de Angola o sacerdote relata que em função da seca e a fome que assola a região, casos insólitos vão acontecendo, como a separação de algumas famílias.
Para o Padre Jacinto Pio Wacussanga é tempo de se fazer um grande levantamento para as possíveis soluções que se querem sustentáveis.
Por causa da seca, a região sul de Angola, com realce para as províncias da Huíla, Cunene e Namibe, já chegou a beneficiar-se de ondas solidárias contra a fome em 2018.
A nossa reportagem tentou, sem êxito, ouvir as autoridades governamentais sobre o assunto.
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