Angola. Bispos: paz e reconciliação sem fingimentos e ressentimentos
Anastácio Sasembele – Luanda, Angola
Depois da proclamação da independência a 11 de novembro de 1975, o 4 de abril é para muitos a data de celebração mais importante dos angolanos.
Num dia como este mas do ano de 2002 foi assinado o acordo de paz entre o governo do MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola) e a UNITA (União Nacional para a Independência Total de Angola), as duas formações políticas que mais influência tinham e têm no País.
Este importante evento, ocorrido e celebrado, pela primeira vez, na sequência da morte do líder histórico do maior partido da oposição, Jonas Savimbi, deu início e facilitou o processo de reconciliação nacional entre os angolanos.
A conquista da paz, depois de 27 anos de guerra, que destruiu o País e ceifou a vida de milhares de angolanos nos campos de batalha, nas lavras, aldeias e cidades, foi o feito mais expressivo e o culminar de longas negociações entre o governo e a UNITA.
Há 19 anos do calar das armas os Bispos da CEAST apelam por uma paz e reconciliação sem fingimentos e ressentimentos.
D. Jesus Tirso Blanco, Bispo do Lwena, sugere acções concretas para promoção do bem-estar social das populações.
E o Arcebispo de Saurimo e Vice-presidente da CEAST, D. José Manuel Imbamba, apela à construção de pontes e pontos de comunhão e de paz destruindo os muros de vingança, orgulho e vaidade. Para o prelado quem não está em paz consigo mesmo não pode semear a paz.
Pelo facto, o 4 de abril foi instituído como feriado nacional e passou a ser uma referência histórica importante na luta do povo angolano pela sua dignificação e construção de uma sociedade próspera.
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