Moçambique: Mulheres assinalam 7 de Abril de luto pelas mortes em Cabo Delgado
Hermínio José – Maputo, Moçambique
Nesta segunda-feira (05), organizações feministas moçambicanas em nome da Sociedade Civil concederam uma conferência de imprensa onde anunciavam a não comemoração deste 7 de abril, por várias razões.
Dentre os motivos elencados para não celebrar o 7 de abril, as mulheres e activistas destacam: os ataques em Cabo Delgado, numa alusão aos mais recentes ataques na Vila de Palma que vitimaram também mulheres activistas bem como deixaram milhares de deslocados; aquelas mulheres referem ainda que Palma, Mocímboa da Praia, Muidumbe, Quissanga e Nangade, nos últimos 12 meses foram severamente atacados pelos insurgentes.
As mulheres solidárias com as vítimas de Cabo Delgado
Entretanto, em entrevista telefónica ao Vatican News em Maputo, a presidente da Comissão dos Direitos Humanos na Ordem dos Advogados de Moçambique, Ferosa Zacarias, afirma que infelizmente, Moçambique vive este ano um 7 de abril sangrento e violento.
Ferosa Zacarias, responsável pela Comissão dos Direitos Humanos na Ordem dos Advogados de Moçambique, falou em torno do movimento da sociedade civil moçambicana pela não celebração sob forma de festa, do 7 de abril, Dia da Mulher Moçambicana, devido a várias vicissitudes e violência por que as mulheres passam em Moçambique.
De referir que anualmente, Moçambique celebra o 7 de abril, Dia da Mulher, em homenagem a Josina Machel, heroína, combatente e primeira esposa do primeiro presidente de Moçambique independente, esta que morreu em combate, durante a luta de libertação nacional.
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