Nigéria. Novo apelo dos Bispos para que o Governo enfrente a insegurança no País
Cidade do Vaticano
Numa vídeo-mensagem transmitida na semana passada no Facebook, os Bispos das doze dioceses da Província Eclesiástica de Onitsha e Owerri alertam que "a nação está em grave perigo" se não mudar a abordagem das autoridades nigerianas à violência. A mensagem chama em causa, particularmente, a política dos dois pesos e duas medidas adoptada pelo governo e pelas forças de segurança que, por um lado, desarmam os que tentam defender-se da violência, enquanto, por outro, deixam armas nas mãos de “pastores armados, bandidos e outros que matam e destroem”, sem “enfrentar as causas dos problemas” e responder aos protestos da população.
Os Bispos pedem, portanto, maior equidade na aplicação da justiça, e se dirigem em particular ao presidente Muhammad Buhari para que "examine as questões relacionadas com a segurança e impeça os que usam armas para intimidar e criar desordem". “Esperamos o fim da carnificina nas terras agrícolas”, insistem os prelados, exortando todos os nigerianos a “reconhecer que toda a vida humana é sagrada”. “Como concidadãos, devemos amar-nos uns aos outros, trazer respeito e reconhecimento mútuo para minimizar e eliminar o ressentimento que paira na Nigéria criando um sentimento de desespero no nosso País ”, afirma a mensagem.
O apelo dos Bispos de Onitsha e Owerri vem na continuidade à carta aberta que a Conferência Episcopal Nigeriana (CBCN) enviou ao governo de Buhari para solicitar a convocação de uma "cimeira de segurança", com a participação de todas as partes interessadas. Na carta, a Igreja Católica Nigeriana denuncia o “fracasso” quanto à obrigação constitucional de “proteger a vida e a propriedade dos nigerianos; de trabalhar pelo bem-estar de todos; de defender a liberdade religiosa e proteger a população de qualquer tipo de discriminação ”.
E precisamente para invocar o fim do clima de grave insegurança no País, a Associação Cristã da Nigéria (Can), da qual é membro também a Igreja Católica, proclamou três dias de oração, de 28 a 30 de maio. O convite é de rezar para que “fracasse qualquer passo que os terroristas, os bandidos, os raptores, os homens armados e todos os malvados queiram dar contra a população”, de modo que “a Nigéria fique em paz”.
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