Quénia. Diocese de Malindi em primeira linha na protecção dos menores
Cidade do Vaticano
Durante a Missa, Dom Willybard Lagho exortou, em particular, os fiéis a seguirem o exemplo de São José, "esposo protector de Maria e pai putativo de Jesus", que muito se deu pela segurança da sua família, enfrentando a viagem ao Egipto. Daí o apelo de Dom Lagho a todos os adultos, sobretudo aos pais, a não esquecerem o seu papel primário: “Assegurar em cada momento o bem-estar e a protecção dos menores”, “seguindo exactamente o exemplo de São José”.
Em seguida, o Bispo de Malindi concentrou-se nas "medidas importantes" iniciadas pela Igreja local para combater o alto índice de abusos sexuais e gravidez precoce que se registam ao longo da costa do Quénia: "Organizámos programas de protecção para menores que vivem com pais ou tutores violentos, para que sejam acompanhados por meio de serviços específicos de ajuda e aconselhamento - explicou o prelado - discutimos também com os membros das suas famílias, para apoiá-los num percurso adequado de reinserção social”.
E Dom Lagho citou também o exemplo da “Casa de Resgate Papa Francisco”, o Centro para a Protecção das crianças criado pela Diocese em colaboração com as Irmãs Missionárias de Nossa Senhora da África. Esta estrutura, inaugurada em 2015, até agora já socorreu mais de 500 crianças, vítimas de abusos sexuais e da exploração, e fez com que dezenas de criminosos fossem levados à justiça.
“O nosso Centro - disse o Bispo de Malindi - dá apoio psicossocial aos menores abusados e colabora com outras estruturas que operam no sector na região, graças a um fórum de sensibilização das comunidades sobre os direitos das crianças e a sua protecção”.
Recorde-se que a diocese de Malindi e o município de Kilifi são as duas zonas do Quénia em que a Conferência Episcopal Nacional (KCCB), através da Comissão para a Educação e a Instrução Religiosa, está experimentando um programa para a protecção de menores chamado "Watoto Watunzwe", frase em Swahili que se pode traduzir por "Deixai que as crianças sejam protegidas". Graças também ao apoio de muitos voluntários, o projecto se dirige às escolas e outras estruturas de educação para sensibilizar a população sobre o drama dos abusos.
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