Costa do Marfim. 9-10 de outubro “Noite do Rosário” no Santuário Mariano de Abidjan
Cidade do Vaticano
O movimento de acção católica “Equipas do Rosário”, com particular devoção a Nossa Senhora, foi fundado em 1955 pelo Dominicano Padre Joseph Eyquem, e é composto por grupos de 15 a 20 pessoas que, uma vez por mês, se encontram numa habitação para rezar à Virgem Maria. Nas 15 dioceses da Costa do Marfim, as "Equipas do Rosário" contam hoje com mais de 7 mil membros que, mesmo diariamente, recitam pelo menos uma parte do Rosário.
O evento do próximo sábado está agendado para todos os anos, mas a pandemia da Covid-19, que na Costa do Marfim já causou até agora 60.500 infecções e mais de 650 mortos, obrigou a sua suspensão tanto em 2019 como em 2020 e, portanto, agora a expectativa dos participantes é maior. “Podemos pedir a intercessão da Virgem Maria para a luta contra a pandemia do coronavírus - explica o Irmão Elvis Kouassi Appia, capelão nacional das “Equipas do Rosário”- Mas podemos rezar também pelas famílias em dificuldade, os doentes abandonados nos hospitais, os jovens desempregados”. Orações particulares serão igualmente dedicadas “à reconciliação, a justiça social e a luta contra a corrupção” no País.
Por outro lado, outubro é o mês mariano por excelência: no dia 7 de outubro, de facto, celebrou-se a festa de Nossa Senhora do Rosário, instituída pelo Papa Pio V em 1573 em memória da vitória decisiva do catolicismo na batalha de Lepanto em 1571 quando, perante o avanço turco que ameaçava a Europa, o Pontífice pediu a toda a Igreja que rezasse o Rosário. E depois em 1883 o Papa Leão XIII estabeleceu que o mês de outubro fosse inteiramente dedicado à "Santa Rainha do Rosário".
Mas o décimo mês do ano está também centrado na missão: na verdade, no dia 1 de outubro celebra-se a memória litúrgica de Santa Teresinha de Lisieux, proclamada por Pio XI "Padroeira das missões", enquanto no penúltimo domingo do mês se celebra o “Dia Mundial das Missões”, cujas origens remontam à religiosa francesa Pauline Marie Jaricot que, em 1822, fundou a Obra da Propagação da Fé. Cem anos depois, em 3 de maio de 1922, com o Motu proprio “Romanorum Pontificum”, o mesmo Papa Pio XI fez com que a Obra adquirisse o carácter pontifício. Em 1926, a Obra da Propagação da Fé propôs ao Papa para convocar uma Dia anual em favor da actividade missionária da Igreja universal. O pedido foi aceite e no mesmo ano foi celebrado o primeiro "Dia Missionário Mundial para a Propagação da Fé".
“Podemos dizer que Maria é uma precursora da missão - explica o Padre Jean Noël Gossou, director das Pontifícias Obras Missionárias (POM) da Costa do Marfim - porque a Virgem Maria tornou-se missionária levando Cristo à sua prima Isabel. Por meio dela, a Virgem leva a boa notícia da presença de Cristo na humanidade a toda a terra”. Contudo, no dia 4 de outubro, o Padre Gossou iniciou uma visita pastoral por todo o País, com o objectivo de "se aproximar de todos os cristãos nas várias dioceses e fazer-lhes conhecer as POM". O programa da visita o levará às quatro províncias eclesiásticas do País; estão previstos também encontros com os Bispos e com o Apostolado dos leigos, porque “o mandato missionário que recebemos - conclui o sacerdote - não está reservado a uma categoria de pessoas, mas diz respeito a todos os baptizados”.
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