Sudão. Bispos: Comunidade internacional pressione militares para que respeitem a vida humana
Anna Poce – Cidade do Vaticano
“Ouvimos falar da morte de manifestantes que protestavam contra o golpe militar”, disse Dom Tombe Trille numa entrevista à Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) África, referindo-se ao assassinato daqueles cidadãos que, poucas horas depois do golpe, encheram as ruas das cidades, bloqueando-as, agitando bandeiras e cantando, para pedir o regresso ao governo civil e uma transição democrática na nação, e viram os soldados a abrir fogo contra eles.
Dissolução do governo de transição
No passado dia 25 de outubro, o general Abdel Fattah al-Burhan, à frente do Conselho Soberano do Sudão, anunciou num discurso na TV a dissolução do governo de transição - do Conselho de Ministros e do Conselho Soberano - nascido após a revolução de 2019, e que havia derrubado a ditadura de Omar al Bashir, e anunciou a formação de um governo de "pessoas competentes", uma junta militar, que guiará o Sudão até às eleições previstas para 2023, bem como a prisão de alguns ministros e líderes civis do governo, entre os quais o primeiro-ministro Abdalla Hamdok.
Dom Tombe Trille: "A junta militar liberte os ministros civis detidos"
Na entrevista, Dom Tombe Trille exortou a Comunidade internacional a fazer com que “a junta militar respeite e acate as normas, liberte os ministros civis detidos e dialogue com eles para restaurar o poder ao governo civil”. “A mensagem das Escrituras permanece a força do povo de Deus - concluiu o presidente da Conferência Episcopal Sudanesa - à luz de qualquer situação”.
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