Angola - Seca e fome continuam a fazer-se sentir em Ondjiva
Anastácio Sasembele - Luanda
“A situação da seca e da fome em muitas regiões de Angola, sobretudo no Sul, exigem a declaração do Estado de Emergência, por forma a propiciar a ajuda internacional”, este é o clamor de D. Pio Hipunyati, bispo da diocese de Ondjiva (Cunene), uma das regiões fortemente afetada pelo fenómeno.
Kahama e kuroca são exemplos concretos, encontramos pessoas a passarem fome e outras a se alimentarem de frutos silvestres, afirmou o prelado.
Na última plenária realizada em Fevereiro os Bispos da CEAST apelaram para que tudo seja feito, para que sejam encontradas soluções melhores, evitando todo o tipo de aproveitamento político no processo de ajuda a estas populações que passam fome
Entretanto executivo angolano desenvolve um mega projecto nas localidades do Cuvelai e de Ndúe na província do Cunene, integrados nas acções para mitigação dos efeitos da seca.
Estes projectos de médio e longo prazo enquadram-se no programa de acções dos Projectos Estruturantes para o Combate aos Efeitos da Seca no Sul de Angola, aprovado pelo Despacho Presidencial 167/19 de 04 de Outubro.
Com a execução destas obras estruturantes, o executivo angolano iniciou um longo processo que visa restabelecer a normalidade do acesso das populações à água potável, bem como para a prática da agricultura de subsistência e da segurança alimentar do gado, sendo que esta normalidade no acesso a este precioso bem tem sido abalada pela escassez de chuvas.
Enquanto os projectos não terminam, a seca e a fome apertam, realçou D. Pio que apelou, por outro lado ao reforço da solidariedade com acções concretas.
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