RDC. Diocese de Lisala organiza o primeiro encontro de pessoas com albinismo
Stanislas Kambashi, SJ – Cidade do Vaticano
Na semana passada, na Diocese de Lisala (República Democrática do Congo), a Comissão diocesana de Justiça e Paz organizou um encontro das pessoas com albinismo.
Pela primeira vez, o salão principal da Universidade de Lisala estava cheio de homens e mulheres, adultos e crianças - todos com albinismo (PCA). Os participantes vieram de todos os três territórios da província de Bumba, Bongandanga e Lisala. O encontro destinava-se a levar a uma maior participação e integração dos albinos na Igreja e na comunidade.
A cidade de Lisala é a capital da província de Mongala, no noroeste da República Democrática do Congo. O rio Congo flui através da cidade.
O encontro foi uma iniciativa da Comissão Diocesana de Justiça e Paz juntamente com o Conselho para o Apostolado dos Leigos Católicos no Congo. No encontro, foi reafirmado o direito das pessoas com albinismo se organizarem.
Erradicar o estigma na sociedade
Faustin Onombili falou sobre a importância e o direito dos albinos buscarem aceitação, apoio e comunhão na Igreja e na sociedade em geral. E encorajou igualmente as pessoas com albinismo a defender e expressar livremente as suas preocupações dentro das estruturas católicas do laicado.
Remy Egwembe e Jean Remy Elemba, falando em nome das pessoas com albinismo, explicaram a necessidade de afirmar a sua identidade e educar a sociedade sobre a sua condição. O albinismo, disseram, não era aquilo que eles são, mas a condição com a qual vivem. É desumanizador quando a comunidade olha apenas para a condição da sua pele, esquecendo a sua singularidade como pessoas.
A comunidade dos albinos tem pedido, desde sempre, a erradicação do estigma reiterando a necessidade de serem capacitados e reconhecidos como plenos e dignos membros da sociedade.
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